PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RAYSSA MYKELLY DE MEDEIROS OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYSSA MYKELLY DE MEDEIROS OLIVEIRA
DATA: 20/05/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: A CONQUISTA DO ESPAÇO PELA PERSONAGEM EM ALICE: LUGARES, NÃO-LUGARES, MEMÓRIA E TRAJETÓRIA
PALAVRAS-CHAVES: Espaço. Personagem. Audiovisual. Alice. Karim Aïnouz.
PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Espaço e personagem são duas categorias narrativas que podem estabelecer entre si uma relação bastante pronunciada, a qual ensejará uma série de possibilidades expressivas em uma narrativa. Osman Lins (1976) reconhece essa relação, relatando inclusive que o limite entre espaço e personagem pode ser vacilante, exigindo nosso discernimento. O objeto de estudo desta tese, a série Alice (2008-2010), de Karim Aïnouz e Sérgio Machado, apresenta essa relação em sua premissa básica: após o suicídio do pai, a personagem título que vive em Palmas, com a avó e o irmão, tem que ir a São Paulo, onde morou na infância, para o funeral. Seduzida pela cidade e pelas memórias que ela guarda, Alice acaba ficando na capital paulista e deixando para trás a vida que havia construído em Tocantins. Neste trabalho, propusemo-nos a analisar como o trabalho com o espaço narrativo constrói uma série de outras questões que acabam por influir na trajetória da protagonista. A dinâmica da cidade, que se apresenta quase como uma personagem na trama, acaba por produzir condições fundamentais para o desenvolvimento de Alice. Lugares, não-lugares (AUGÉ, 2002) figuras ambulatoriais (CERTEAU, 1998), identidade e pertencimento (HALL, 2000) são algumas das noções advindas do espaço e que se apresentam como questões importantes para a economia narrativa de Alice. Em nosso processo de análise, não pudemos ignorar o fato de estarmos trabalhando com um produto audiovisual, o que exige que estejamos atentos às especificidades da linguagem. Para tanto, recorremos a autores como Gerárd Betton (1987), Marcel Martin (2003) e Jean Epstein (1947) como amparo teórico. Para além disso, Alice é um uma série televisiva e a mídia também precisou ser levada em conta em nossa investigação. A organização serial da narrativa (MACHADO, 1999) influi diretamente em sua feitura, na construção dos arcos narrativos que a compõem e, também, em outras questões, tais como o desenvolvimento das personagens. Complexidade narrativa (CAPANEMA, 2016; MITTEL, 2012) e qualidade na televisão (BORGES, 2004) também são alguns dos pontos que permearam nossa discussão. Por fim, ao tentar compreender as estruturas narrativas de nosso objeto, o diálogo (BAKHTIN, 1997; BARROS, 1997) estabelecido com outras obras é fundamental, notadamente com os romances de Lewis Carrol, Aventuras de Alice no País das Maravilhas (2010) e Alice através do espelho (2010).
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1755375 - ALLANA DILENE DE ARAUJO DE MIRANDA
Externo à Instituição - GABRIELA BORGES MARTINS CARAVELA
Presidente - 1356709 - LUIZ ANTONIO MOUSINHO MAGALHAES
Externo à Instituição - MARTA CELIA FEITOSA BEZERRA
Externo à Instituição - OZIRIS BORGES FILHO