PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: ELISANGELA ARAÚJO SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISANGELA ARAÚJO SILVA
DATA: 02/06/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES DIALÓGICAS NA INTERFACE AUDIOVISUAL DE "HOJE É DIA DE MARIA"
PALAVRAS-CHAVES: Hoje é dia de Maria. Adaptação. Dialogismo. Espaço. Personagem.
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A adaptação é um processo que tem atuado de forma recorrente entre diferentes mídias, ao longo do tempo. Junto à literatura, ela tem “transcodificado”, nas palavras de Linda Hutcheon (2013), tem atualizado o modo de contar. De fato, a adaptação não é um fenômeno novo e nem se encerra no tempo. Desde a etapa de propagação pela oralidade até a era digital, ela continua e continuará a reapresentar narrativas, através de procedimentos diversos, incluindo a redução, o acréscimo e a transformação. (BRITO, 2006). A presente tese tem como objeto de estudo a microssérie Hoje é dia de Maria (2005), escrita pelo dramaturgo Carlos Alberto Soffredini e adaptada para a televisão por Luís Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho. A narrativa conta a trajetória de Maria, uma menina órfã de mãe que sofre com as perseguições de uma madrasta, uma adaptação que refaz a narrativa clássica. A protagonista que dá nome à obra faz uma travessia pelo interior brasileiro em busca d’as franja do mar. A pesquisa aborda os processos de atualização envolvidos nos procedimentos de adaptação. A discussão aqui traçada está organizada a partir de três momentos distribuídos em três capítulos. No primeiro, discorremos sobre o trabalho de atualização da adaptação por meio da intertextualidade e dos “fios” dialógicos que reinterpretam um texto. Nesse momento em que analisamos o fenômeno da adaptação, recorremos às contribuições, principalmente, de Bakhtin (1997), Hutcheon (2013), Balogh (2005) e Stam (2006). No segundo capítulo, discutimos como o espaço narrativo reapresenta o fantástico e o maravilhoso traduzido em discurso audiovisual, procurando avançar na discussão de como o espaço narrativo e a mise-en-scène contam a narrativa Hoje é dia de Maria e ressignificam “a conversa” entre os textos. Para tanto, recorremos às contribuições de Ryngaert (1995), Lins (1978), Xavier (2003), Roas (2014), Ceserani (2006), Camarini (2014), Bordwell e Thompson (2013) dentre outras fontes. No terceiro capítulo, tivemos como objetivo analisar como a personagem Maria retoma, dialogicamente, a saga, a sina e a lida da heroína, mesmo atuando como menina comum, tendo o audiovisual como efeito de reverberação. Para analisar esse aspecto, recorremos às contribuições teóricas de Martin (2005), Chartier (1990), Pallottini (1989), Eliade (1922), Campbell e Moyers (2014) para comporem a mediação teórica com Bakhtin (1997). Por fim, nas considerações finais, deixamos a reflexão sobre como a literatura se perpetua, se reinventa, por meio da adaptação, afirmando sua capacidade de reapresentar, reinterpretar e atualizar a narrativa.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1755375 - ALLANA DILENE DE ARAUJO DE MIRANDA
Presidente - 1356709 - LUIZ ANTONIO MOUSINHO MAGALHAES