PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: JOYCE KELLY BARROS HENRIQUE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOYCE KELLY BARROS HENRIQUE
DATA: 31/07/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: O ponto de vista ficcional em "O tigre de Bengala", de Elisa Lispector
PALAVRAS-CHAVES: Elisa Lispector, ficção, ponto de vista
PÁGINAS: 222
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: O objetivo geral desta pesquisa é analisar o ponto de vista ficcional nos contos de O tigre de Bengala (1985), de Elisa Lispector, observando a interação entre a interioridade da personagem feminina e a representação do espaço externo. Analisamos quatro contos da autora (“Sangue no sol”, “O furto”, “A agonia de viver” e “Por puro desespero”), contudo, tecemos relações com todos os textos do livro, na averiguação de pontos de aproximação e diferenciação. Na primeira parte deste trabalho, apresentamos a produção de Elisa Lispector, no que diz respeito à perspectiva narrativa. Realizamos, também, uma revisão dos trabalhos críticos sobre a autora, publicados em jornais, livros e plataformas virtuais. O segundo capítulo é constituído por uma síntese teórica, baseada na linha norte-americana — Norman Friedman (2002), Percy Lubbock (1976), Henry James (2003), e Joseph Warren Beach (1932) —, que trata dos conceitos de ponto de vista, cena, sumário narrativo, distância, assim como da representação do pensamento em literatura. Para essa teoria, o enquadramento da ação na consciência da personagem amplia o caráter cênico do texto (reduzindo as interferências do narrador) e transforma o pensamento em elemento essencial para a interpretação da narrativa literária. No terceiro capítulo, a leitura crítica mostra que, nos contos de Elisa Lispector, a ação das personagens é mínima e o monólogo interior é o ponto de vista basilar, contudo, ele coexiste com notações frequentes de narradores observadores e oniscientes. Essa combinação permite a imersão no pensamento da protagonista, sem abdicar de uma visão distanciada da cena, já que o espaço tanto desencadeia as reflexões como mantém com a personagem uma relação de afinidade, recusa, resignação, transformação e superação. Nessa contística, o monólogo interior é um recurso formal que embasa a autoavaliação das protagonistas e lhes proporciona uma revisão/ reformulação de suas perspectivas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337965 - ARTURO GOUVEIA DE ARAUJO
Interno - 6337291 - GENILDA ALVES DE AZEREDO
Interno - 1350518 - LIANE SCHNEIDER
Externo à Instituição - EDILANE RODRIGUES BENTO MOREIRA
Externo à Instituição - WILLIAN LIMA DE SOUSA