PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
3216-7335/7335

Notícias


Banca de DEFESA: MARIA APARECIDA SARAIVA MAGALHÃES DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA APARECIDA SARAIVA MAGALHÃES DE SOUSA
DATA: 15/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: ESCRITA DE SI E QUESTÕES DE GÊNERO E SUAS INTERSECÇÕES NAS CRÔNICAS “JORNALISTICAMENTE INCORRETAS"
PALAVRAS-CHAVES: Crônica. Escrita de si. Gênero; Escrita das mulheres; Marilene Felinto
PÁGINAS: 167
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo acerca da crônica e de sua aproximação com os gêneros de escrita de si e com a escrita das mulheres, tomando como ponto de partida a produção da escritora contemporânea Marilene Felinto para o jornal Folha de S. Paulo entre os anos de 1995 e 1999, reunidas no livro Jornalisticamente incorreto (2000). Inicialmente, lançamos um olhar crítico feminista para a origem e desenvolvimento da crônica como gênero literário (LIMA, 1986, 1992, 2003; MOISÉS, 1979; OCAÑA, 2008), buscando problematizar sua marginalização em relação aos gêneros canônicos e observar como se deu a sua relação com a história e a escrita das mulheres ao longo dos tempos. Valendo-nos dos pressupostos da Crítica Literária Feminista, em especial, aqueles que resultaram da incômoda sensação de “exclusão de autoria” e que propõem uma “re-visão” da história da literatura (RICH, 1971; KOLODNY, 1979; SCHMIDT; 2017; DUARTE, 1995; MOREIRA, 2003, 2005, 2015), procuramos dar ênfase a algumas escritoras que se utilizaram do gênero nesse percurso, como as precursoras no jornalismo brasileiro. Em seguida, realizamos um estudo acerca da “literatura autobiográfica” (ROCHA, 1977), a fim de compreender o hibridismo da crônica com outras formas de “escrita de si” (FOUCAULT, 1992), observando em que medida as mulheres escritoras encontram nestes discursos um espaço para elaborar suas subjetividades, denunciar desigualdades e resistir ao silenciamento (RÉGNIER-BORLER, 1994; RAMOS, 2008; KAPLAN, 1997; RAGO, 2011, 2013; FIGUEIREDO, 2013, GARRETAS, 1990). Por fim, fundamentando-nos, especialmente, nos pressupostos teóricos do feminismo negro (CARNEIRO, 2000, 2003; GONZALEZ, 1984; hooks, 2017; 2018), aprofundamos a reflexão sobre a intersecção de gênero com outras categorias que envolvem relações desiguais de poder, como classe e raça, como forma de discutir alguns textos de Marilene Felinto, considerando as questões identitárias dessa cronista pernambucana e afrodescendente.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Presidente - 1350518 - LIANE SCHNEIDER
Interno - 2301171 - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE
Externo ao Programa - 2782210 - MARIA DO ROSARIO SILVA LEITE
Externo à Instituição - MAXIMILIANO GOMES TORRES