PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: JOAZ SILVA DE MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAZ SILVA DE MELO
DATA: 24/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: DO NARIZ DE GOGOL ÀS UNHAS DE RUBIÃO: A CRÍTICA SOCIAL NA LITERATURA FANTÁSTICA DOS SÉCULOS XIX E XX
PALAVRAS-CHAVES: Fantástico. Alegoria. Murilo Rubião. Nikolai Gogol.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A relação entre literatura e sociedade sempre foi motivo de debates entre estudiosos do assunto. Alguns, como os formalistas russos, buscavam um método mais científico para suas análises imanentistas. Outros, como Antonio Candido, buscavam analisar como o texto reflete e se relaciona com o mundo que representa. A literatura fantástica, por sua vez, não é diferente, há os que privilegiam a estrutura do texto, como Tzvetan Todorov, e há os que admitem os ecos sociais, como David Roas, Jean-Paul Sartre, entre outros. Todorov, por exemplo, desconsidera a interpretação alegórica, pois ela não é inerente ao texto; o que é desconstruído pelos outros estudiosos. Em nossa pesquisa, estudamos duas narrativas, “O Nariz”, de Nikolai Gogol, autor ucraniano-russo do século XIX, e “As Unhas”, de Murilo Rubião, autor brasileiro do século XX. Analisaremos como as narrativas se desenvolvem no fantástico, como são construídas críticas a partir de uma leitura alegórica delas e como ambas representam a sociedade em que estão inseridas. A literatura fantástica, geralmente, apresenta relações com o mundo, diferentemente do conceito popular de fantasia como distanciamento do “real”. Essa ligação, muitas das vezes, serve para denunciar as anormalidades do mundo. Muitos autores trabalharam com críticas a sociedade ao longo do tempo. Embora Nikolai Gogol e Murilo Rubião pertençam a diferentes séculos e continentes, as narrativas selecionadas de ambos são classificadas como fantásticas. Inicialmente, nossa pesquisa é desenvolvida a partir do levantamento da fortuna crítica dos autores e como eles trabalhavam o fantástico como uma forma de crítica. Em seguida, nos deteremos na análise do texto, destacando pontos que despertam uma leitura alegórica que combine com fatores sociais contemporâneos e do século XIX para, assim, detectar e classificar a(s) crítica(s) apresentada(s). De acordo com Jean-Paul Sartre (2005), o artista persiste onde o filósofo desiste, assim, pretendemos compreender a concepção de mundo expressa nas narrativas dos autores. Nosso estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual utilizamos o método comparativo de forma qualitativa. Como pressupostos teóricos para o presente estudo, apresentamos: Tzvetan Todorov (2017), David Roas (2014), Jean-Paul Sartre (2005); sobre a alegoria na literatura: Walter Benjamim (2011) e João Adolfo Hansen (2006).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 337965 - ARTURO GOUVEIA DE ARAUJO
Externo à Instituição - JOAO BATISTA PEREIRA
Presidente - 1809459 - LUCIANE ALVES SANTOS