PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: RENATA ESCARIAO PARENTE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA ESCARIAO PARENTE
DATA: 17/03/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: ESCRITA DE SI E VOZ NARRATIVA EM HOSPÍCIO É DEUS E O SOFREDOR DO VER, DE MAURA LOPES CANÇADO
PALAVRAS-CHAVES: Maura Lopes Cançado. Escrita de si. Escrita de mulheres. Voz narrativa.
PÁGINAS: 161
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A pesquisa tem por objetivo investigar como a escritora mineira Maura Lopes Cançado constrói representações de si em suas narrativas ficcionais e de não ficção nos livros Hospício é Deus — Diário I (1965) e O sofredor do ver (1968), em especial, a representação da autora-narradora-personagem, como ponto de partida para a discussão sobre a escrita de si, a escrita de mulheres e a relação entre a escrita de si e a literatura da urgência, produzida em situações-limite. Para tal, nos referenciamos em autores(as) como Foucault (1992), Arfuch (2010), Maciel (2009), Woodward (2000), Schmidt (2014), Klinger (2006) e Hidalgo (2008). Além de estudar como a voz narrativa em Cançado se apresenta no Diário e nos contos “Espiral ascendente”; “No quadrado de Joana”; “Introdução a Alda”; e “Pavana”, buscando suporte teórico em autores como Lejeune (2008), Reis e Lopes (1988), Sarlo (2007), Wadi (2011), Engel (2006) e Porter (1990), verificamos o diálogo entre essas vozes, e como, nesse diálogo, aparecem temas cruciais em Cançado, como gênero, memória, o cotidiano e os diagnósticos limitantes dentro de uma instituição psiquiátrica, no caso, em torno da esquizofrenia. Também produzimos um perfil biográfico sobre a autora, contribuindo com um registro sistematizado sobre sua trajetória, método essencial também para as discussões sobre escrita de si. Nossa hipótese é que o motivo do sentimento de rejeição e inadequação apresentado por Cançado, em vários momentos das suas narrativas, não se restringe às suas internações e à sua possível condição de esquizofrênica, mas também à sua condição de mulher, com um comportamento inadequado para os padrões da época, que acaba por ser segregada. Também defendemos que sua escrita é uma ferramenta de sobrevivência e denúncia, refletindo não apenas suas vivências enquanto mulher interna em uma instituição psiquiátrica, mas reflete também a realidade de tantas outras mulheres com as quais conviveu, sobre as quais escreveu e que socialmente representa.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNA FAEDRICH MARTINS LOPEZ
Presidente - 1350518 - LIANE SCHNEIDER
Interno - 2301171 - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE
Externo ao Programa - 2782210 - MARIA DO ROSARIO SILVA LEITE
Externo à Instituição - TÂNIA REGINA OLIVEIRA RAMOS