PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
3216-7335/7335

Notícias


Banca de DEFESA: FELIPPE NILDO OLIVEIRA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPPE NILDO OLIVEIRA DE LIMA
DATA: 03/08/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: POÉTICAS DA CARNE: A NECROPOLÍTICA NO ENCALÇO DA POESIA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA
PALAVRAS-CHAVES: Poesia contemporânea. Necropolítica. Antologias poéticas. Descolonização
PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A pesquisa de mestrado se centra em duas antologias poéticas lançadas em 2019 pela revista Cult: Poemas para ler antes das notícias, organizada por Alberto Pucheu, e Quando a delicadeza é uma afronta, com curadoria de Tarso de Melo. A realidade das mortes perpetradas pelo Estado brasileiro e suas instituições, como o exército e a polícia, e pela sociedade civil contra negros/as, mulheres, indígenas e LGBTQIA+, nos termos do que Achille Mbembe (2016) denomina “necropolítica”, atravessa fortemente as sensibilidades dos/as poetas, e é colocada em seus textos como questão que confronta politicamente a palavra e o trabalho com a poesia em nosso tempo, mais especificamente em 9 poemas que trago para análise e leitura nesta dissertação. Logo, o objetivo geral da pesquisa é discutir a busca desenvolvida pela poesia brasileira da última década de se constituir como contramola ou reação à necropolítica e ao apagamento de suas vítimas. Apesar de os poemas enunciarem mortes bastante recentes, é inevitável, em suas análises, relacionar o contexto político atual de morte no país ao histórico de traumas e feridas desde o início do projeto colonial. Partindo dessa gênese da violência de Estado no Brasil, o trabalho ainda desenvolve os seguintes aspectos: entender como os/as poetas contemporâneos/as têm nomeado e situado os vazios deixados pelos corpos vitimados por mortes políticas e crimes gratuitos de ódio motivados pelo racismo e pela LGBTQIA+fobia; perceber como a linguagem dos poemas ressoa no patético, no trágico e no horror como tentativas de se aproximar do real inominável sofrido pelas carnes dos corpos de dor dilacerados; buscar nos poemas proposituras políticas que perpetuem as vidas, os corpos e as memórias das vítimas do necropoder para além do tempo de existência curta que possuem a recepção imagética das catástrofes do cotidiano e as notícias de jornal, demarcando os compromissos políticos da poesia recente não só com os/as mortos/as, mas também com a vida dos/as matáveis que insistem em sobreviver.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Externo ao Programa - 2641290 - MOAMA LORENA DE LACERDA MARQUES
Externo ao Programa - 1056140 - RINAH DE ARAUJO SOUTO