PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: CAMYLA CAROLINY NEVES DE ANDRADE
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMYLA CAROLINY NEVES DE ANDRADE
DATA: 18/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Link para videoconferência: https://meet.google.com/did-jssh-bwx
TÍTULO: Potencial antitumoral do óleo essencial das folhas de Croton grewioides (Euphorbiaceae): um estudo in vitro
PALAVRAS-CHAVES: Croton grewioides. Atividade antitumoral. Melanoma.
PÁGINAS: 114
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O termo câncer constitui um conjunto de doenças que apresentam crescimento e
diferenciação celular descontrolados, assim como capacidade invasiva e metastática.
Apesar dos avanços na terapia contra o câncer, características como alta
citotoxicidade e desenvolvimento de resistência ao tratamento ainda limitam sua
efetividade. A fim de contribuir com a pesquisa de produtos naturais com potencial
antitumoral, o presente estudo buscou avaliar propriedades farmacológicas da espécie
vegetal Croton grewioides Baill. (Euphorbiaceae), conhecida popularmente
como canelinha ou canelinha de cheiro. Esta é uma espécie do semiárido
brasileiro com atividade antidiarreica, antioxidante e antitumoral em modelo de
sarcoma 180 em camundongos. Então, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o
potencial antitumoral do óleo essencial extraído das folhas de C.
grewioides (OEC), por meio de ensaios in vitro. A citotoxicidade foi avaliada em
linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL-
28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT
(brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). O OEC induziu maior
citotoxicidade em linhagem de melanoma, SK-MEL-28, obtendo-se um valor de
concentração inibitória 50% (CI 50 ) de 70,0 μg/mL, em 72 horas. A citotoxicidade in
vitro foi avaliada em linhagem não tumoral, HaCaT, obtendo-se um valor de CI 50 de
214,0 μg/mL. A droga padrão, doxorrubicina (DOX), apresentou alta toxicidade em SK-
MEL-28 e em HaCaT, com valores de CI 50 de 4,0 e 0,28 μM, respectivamente. A partir
desses resultados, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que estabelece
o quanto a amostra é mais seletiva para a célula tumoral, em relação a célula não
tumoral, sendo calculado um IS de 3,06 e 0,07 para o OEC e DOX,
respectivamente. Para elucidar os mecanismos de ação in vitro envolvidos na
atividade antitumoral do OEC, foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução
de apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs),
usando concentrações correspondentes a CI 50 e ao dobro (70,0 e 140,0 μg/mL) em
células SK-MEL-28. Após 48 horas de tratamento, OEC alterou a progressão do ciclo
celular, induzindo aumento no percentual de células na fase G2/M (p<0,01) e o
aparecimento da fração sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Por meio
da análise por microscopia confocal, foram observadas características morfológicas
indicativas de morte celular por apoptose, como formação de blebs na membrana,
corpos apoptóticos e condensação da cromatina, as quais foram confirmadas pela
externalização da fosfatidilserina por meio da marcação com anexina V-FITC
(p<0,0001), após 48 horas de tratamento com OEC. Em relação à produção de EROs,
o OEC reduziu significativamente o nível de EROs (p<0,0001), em ambas as
concentrações testadas após 24 horas de tratamento, sugerindo que o efeito
antitumoral de OEC está associado a uma ação antioxidante. Em conclusão, os
resultados apresentados indicam que o OEC possui atividade antitumoral in vitro em
células da linhagem de melanoma, SK-MEL-28, por promover alterações no ciclo
celular, indução de apoptose e efeito antioxidante, além de apresentar baixa toxicidade
em linhagem de células não tumorais (HaCaT).
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Interno - 1117945 - MARCIA REGINA PIUVEZAM
Presidente - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL