PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: PATRICIA KEYTTH LINS ROCHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRICIA KEYTTH LINS ROCHA
DATA: 24/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Link: https://meet.google.com/nus-jxpu-cdd
TÍTULO: Efeitos do benzoato de 4-nitrooxibutila sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos – abordagens in silico, ex vivo e in vivo.
PALAVRAS-CHAVES: Nitratos orgânicos; óxido nítrico; vasorrelaxamento
PÁGINAS: 127
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Os nitratos orgânicos (ORNs) são a classe mais antiga de nitrovasodilatadores utilizada no tratamento de diversas doenças cardiovasculares (DCVs). Apesar de seus efeitos benéficos, o uso prolongado dessas substâncias pode causar tolerância, dificultando a continuidade do tratamento crônico. Portanto, a busca por novas terapias é continuamente objeto de estudos envolvendo as DCVs. Diante disso, este trabalho elucidou os efeitos biológicos do ORN benzoato de 4-nitrooxibutila (BBN) sobre o sistema cardiovascular, utilizando abordagens in silico, ex vivo e in vivo. Por meio do programa PASS, BBN foi predito como um potencial vasodilatador (Pa=0,920; Pi=0,001), devido à liberação da molécula de óxido nítrico (NO) do seu composto (Pa=0,779; Pi=0,000). Pelo software pkCSM, sugeriu-se que o BBN apresenta boa biodisponibilidade oral teórica e baixa toxicidade. Por meio do teste de ancoragem molecular, foram verificadas interações entre o BBN e a enzima xantina oxirredutase (XOR), aldeído desidrogenase (ALDH) e citocromo P450 (CYP450), envolvidas na bioativação de outros ORNs. Contudo, o BBN não seria bioativado pela enzima glutationa S-transferase (GST). O efeito vasodilatador do BBN foi revelado em artéria mesentérica superior de ratos pré-contraídas com PE (1µM). Foi confirmado que o vasorrelaxamento induzido pelo BBN é independente dos fatores vasoativos liberados pelo endotélio vascular (E+; Emáx=109,75 ± 5%; pEC50=7,199 + 0,102 vs. E-; Emáx=111,1 ± 3%; pEC50=6,683 + 0,098; n=8). O vasorrelaxamento foi significativamente atenuado pelo inibidor da enzima guanilil ciclase solúvel (ODQ; 10 mM; GCs; Emáx=67,41 ± 6%; n=8; p < 0,05). Esse dado sugere que o efeito promovido pelo BBN envolve a via NO-GCs-PKG. Verificou-se ainda que os canais para K+ não estão envolvidos na resposta induzida pelo BBN (Emáx=119,59 ± 6%; n=7), ao utilizar um bloqueador para esse tipo de canais (TEA; 3 mM). Foi demonstrado que o bloqueio do influxo de Ca2+ pelos canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV) participa do efeito induzido pelo BBN; visto que o BBN foi capaz de inibir tanto a contração mediada pela solução de Tyrode com 60 mM de KCl (Emáx=124,65 ± 5%; n=8; p < 0,05) quanto a contração promovida pelo agonista seletivo dos canais Cav1 (S(-)-Bay K 8644; 200 nM; Emáx=124,4 ± 3%; n=5; p < 0,05). Foi demonstrado ainda que o efeito vasorrelaxante do BBN nas artérias mesentéricas pré-expostas a uma alta concentração de BBN (100 µM) não gerou tolerância vascular (Emáx=109,45 ± 3%; n=8). Além disso, altas doses de BBN (300 ou 2000 mg/kg) na avaliação de toxicidade aguda não causaram mortes dos ratos. Por fim, a administração aguda intravenosa de BBN (1; 5; 10; 20 mg/kg) promoveu uma redução na pressão arterial média (PA) e na frequência cardíaca (FC) dos ratos normotensos (1 + 1; -23 + 9; -57 + 3; -62 + 6 mmHg; 1 + 4; -37 + 6; -293 + 15; -302 + 22 bpm, respectivamente; n = 5; p < 0,05) e espontaneamente hipertensos (SH; 2 + 1; 36 + 6; -61 + 3; -71 + 6 mmHg; 6 + 3; 113 + 26; -235 + 24; -272 + 18 bpm, respectivamente; n = 6; p < 0,05). Esses resultados indicam que o BBN induz atividades hipotensoras e anti-hipertensivas em ratos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DEOCLECIO ALVES CHIANCA JUNIOR
Interno - 1174357 - ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
Externo à Instituição - JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
Interno - 1117945 - MARCIA REGINA PIUVEZAM
Presidente - 1665027 - VALDIR DE ANDRADE BRAGA