PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA NETO
DATA: 30/08/2021
HORA: 09:00
LOCAL: LINK: https://meet.google.com/ihh-myfw-fzo
TÍTULO: Avaliação dos efeitos induzidos pelo ácido sinápico sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos
PALAVRAS-CHAVES: Ácido sinápico, barorreflexo, função autonômica, hipertensão.
PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O ácido sinápico é um dos quatro ácidos hidroxinâmicos mais encontrados na natureza; presente em frutas, vegetais, oleaginosas, grãos de cereais. Ele apresenta diversas atividades farmacológicas como antioxidante, atividade anti-inflamatória, ansiolítica e anti-hipertensiva. Essa última em ratos L-NAME. Contudo, não há relatos de seus efeitos no modelo de hipertensão com ratos espontaneamente hipertensos (SHR) assim como também não há dados da sua participação na modulação autonômica da pressão arterial e seus mecanismos de controle. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos induzidos pelo ácido sinápico em parâmetros cardiovasculares de ratos normotensos (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR). Para isso, uma combinação de protocolos in vivo foi realizada em ratos WKY e SHR. Dessa forma, avaliou-se os efeitos do tratamento oral por 14 dias com o ácido sinápico sobre a pressão arterial, frequência cardíaca, atividade autonômica simpática, parassimpática e sensibilidade do barorreflexo. O tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas em ratos SHR (184,5 ± 6,114 vs. 148,3 ± 5,39 mmHg, p < 0,05), sem provocar alterações na frequência cardíaca dos animais. Já em relação ao barorreflexo induzido farmacologicamente com drogas vasoativas, o tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de melhorar a sensibilidade do barorreflexo (-1,192 ± 0,1441 vs. -2,366 ± 0,1885 bpm/mmHg, p < 0,05) por aumentar o índice do ganho parassimpático (-0,683 ± 0,111 versus -2,814 ± 0,430 bpm/mmHg, p < 0,05), mas sem diferença significativa em relação ao simpático. A função autonômica foi avaliada utilizando ferramentas farmacológicas; e o ácido sinápico aumentou atividade parassimpática (39 ± 5,2 vs. 129 ± 6 bpm , p ˂ 0,05 ) e diminuiu a hiperatividade simpática em ratos SHR (-64,83 ± 4,5 vs -40,8 ± 7,7; p ˂ 0,05 ). O tratamento com o ácido sinápico também foi capaz de reduzir o estresse oxidativo sérico nos ratos SHR (54,75 ± 6,2 vs. 18,1 ± 1,3 nmol/ml, p ˂ 0,05). Finalmente, em ensaios in silico, o ácido sinápico apresentou boa biodisponibilidade teórica após administração oral, boa solubilidade, estabilidade e absorção, ainda apresentando baixa toxicidade oral, bem como possíveis outras atividades farmacológicas sobre o sistema cardiovascular. Esses dados sugerem um efeito anti-hipertensivo do ácido sinápico, visto que ele foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas dos ratos hipertensos. Esse efeito pode estar relacionado, em parte, com a diminuição do estresse oxidativo.. Com base no exposto, o ácido sinápico é uma molécula importante na busca de novos tratamentos contra a hipertensão arterial sistêmica.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2337274 - FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
Presidente - 1971886 - MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
Externo ao Programa - 054.442.024-17 - THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ - UFPB