PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CELSO COSTA DA SILVA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CELSO COSTA DA SILVA JUNIOR
DATA: 15/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/cxv-mpbb-kmw
TÍTULO: ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E COMPOSIÇÃO CORPORAL, MARCADORES BIOQUÍMICOS, ATIVIDADE FÍSICA, FUNÇÃO PULMONAR E MUTAÇÃO F508DEL-CFTR EM PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA
PALAVRAS-CHAVES: crianças, adolescentes, fibrose cística, antropometria, composição corporal, doença óssea da fibrose cística.
PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: Em pessoas com Fibrose Cística a Baixa Densidade Mineral Óssea (DMO) é comum em crianças pós-púberes, adolescentes e adultos, embora os mais velhos tendam a ser mais afetados. O aumento da expectativa de vida desta população tem evidenciado o surgimento de Doença Óssea relacionada a Fibrose Cística (DOFC). O objetivo do estudo é analisar a associação entre densidade mineral óssea e composição corporal, marcadores bioquímicos, atividade física, função pulmonar e mutação F508Del-CFTR em pacientes com fibrose cística. Estudo transversal multicêntrico com pacientes com Fibrose Cística no Nordeste do Brasil. Foram selecionados pacientes de 5 e 20 anos de idade e dentre esses foram excluídos os participantes já submetidos a transplantes de órgãos, em exacerbação pulmonar ou com disfunção renal ou hepática. DMO foi avaliada por emissão de raios x de dupla energia (DXA) na incidência do corpo inteiro sem a cabeça (total body less head – TBLH) e calculado o Z-score de TBLH (Z-TBLH) ajustado por sexo, idade, altura e etnia. Composição corporal foi identificada através de DXA. Uma amostra de sangue coletada para a análise de vitamina D, cálcio, fósforo, paratormônio e fosfatase alcalina óssea. Função pulmonar foi avaliada por espirometria, observando-se Capacidade Vital Forçada (CVF) e o Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (VEF1). A identificação da mutação F508del-CFTR foi obtida no prontuário. Análise descritiva apresenta os dados gerais e modelos estatísticos de regressão linear simples, regressão linear múltipla e regressão logística binária foram criados para se estabelecer nas variáveis o poder de predição de Z-TBLH. Valor de p menor que 0,05 reflete resultado estatisticamente significativo. 39 pacientes com idade média de 13,31 ± 3,86 anos foram selecionados. Nenhum dos marcadores de consumo alimentar ou bioquímicos apresentou associação com Z-TBLH. A prática de atividade física (p = 0,022; OR = 6,000), CVF (p = 0,032; OR = 22,856) e VEF1 (p = 0,042; OR = 11,576) foram fatores de proteção em relação a Z-TBLH. Ainda, um modelo final composto por AMB, DCT e Idade (p = 0,001; R² = 0,381) teve como preditores significativos a AMB e a Idade. AMB esteve associada ao aumento do Z-score da DMO nos pacientes estudados. 66,7% dos pacientes testados geneticamente possuíam a mutação F508del-CFTR. A presença do alelo mutado F508del-CFTR esteve associada ao pior estado nutricional. Concluiu-se que um modelo estatístico composto pelos valores de AMB, DCT e Idade pode predizer Z-TBLH em pacientes com FC, com idades de 5 a 20 anos, de ambos os sexos. Os marcadores antropométricos, por serem medidas fáceis e relativamente baratas de se obter, são uma alternativa promissora à utilização de DXA na previsão da DMO destes pacientes. Concluiu-se ainda que a melhor função pulmonar e prática de atividade física por pelo menos 30 minutos por dia, no mínimo uma vez na semana, são fatores de proteção em relação a DOFC em pessoas com FC de 5 a 20 anos de idade de ambos os sexos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2338179 - ALEXANDRE SERGIO SILVA
Externo ao Programa - 337404 - CONSTANTINO GIOVANNI BRAGA CARTAXO
Externo à Instituição - JOAO MODESTO FILHO
Presidente - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Interno - 6330762 - MARIA JOSE DE CARVALHO COSTA