PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: KARINA FELIX DIAS FERNANDES
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARINA FELIX DIAS FERNANDES
DATA: 29/09/2021
HORA: 09:30
LOCAL: meet.google.com/ygb-iuyy-uqv
TÍTULO: APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS À BASE DE ALGINATO DE SÓDIO INCORPORADOS DE BACTÉRIAS LÁTICAS PARA CONTROLE DE ANTRACNOSE EM GOIABA E MANGA
PALAVRAS-CHAVES: revestimentos; controle biológico; bactérias láticas; probióticos;Colletotrichum spp.; frutas tropicais.
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A antracnose causada por fungos do gênero Colletotrichum spp. é considerada uma das
principais doenças pós-colheita que atacam goiaba e manga, em decorrência da severidade dos
sintomas desenvolvidos, os quais provocam perdas econômicas significativas. O método
tradicionalmente aplicado para controle dessa infecção é o uso de fungicidas químicos.
Contudo, o mercado consumidor tem se preocupado cada vez mais com os danos nocivos
causados por essas substâncias a longo prazo, tanto para o meio ambiente, quanto para saúde
humana. Desse modo, surge a demanda por tecnologias alternativas para o controle de agentes
causadores da antracnose em goiaba e manga. Dentre as tecnologias emergentes, a aplicação de
agentes de controle biológico, como bactérias láticas, tem sido considerada uma estratégia
inovadora de biopreservação, prolongando a vida útil de frutas frescas e minimamente
processadas. A aplicação de agentes de biocontrole, em combinação com materiais de
revestimento, aumentam a eficácia na inibição do crescimento de fitopatógenos. O alginato de
sódio é um polissacarídeo comumente utilizado para formular revestimentos comestíveis
devido a capacidade de formação de filme, e por suas características de biodegradabilidade,
biocompatibilidade e baixa toxicidade. Este estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar o
potencial de aplicação de revestimentos formulados a base de alginato de sódio e adicionados
de cepas de bactérias láticas potencialmente probióticas, bem como avaliar a eficácia dos
revestimentos para reduzir o desenvolvimento e a severidade da antracnose causada por
diferentes espécies patogênicas de Colletotrichum (C. asianum, C. fructicola, C. tropicale, C.
siamense, C. karstii, C. gloeosporioides) durante 15 dias de armazenamento à temperatura
ambiente (25±0,5 ºC) em goiaba cv. Paluma e manga cv. Palmer. Os efeitos dos revestimentos
formulados sobre alguns parâmetros físico-químicos indicativos da qualidade geral pós-colheita
durante o armazenamento também foram avaliados. As oito cepas de bactérias láticas testadas
causaram forte inibição do crescimento micelial (29,2 100%) de todas as espécies de
Colletotrichum alvo in vitro. Dentre as oito cepas de bactérias láticas testadas, Levilactobacillus
brevis 59, Lactiplatibacillus pentosus 129, Limosilactobacillus fermentum 263 apresentaram os
maiores efeitos inibitórios sobre às diferentes cepas de Colletotrichum testadas, sendo
selecionadas para incorporação em revestimentos de alginato de sódio. Essas cepas de bactéria
láticas apresentaram contagens de células viáveis superiores a 6 log UFC/mL nos revestimentos
de alginato de sódio durante 15 dias de armazenamento à temperatura ambiente. A aplicação
dos revestimentos formulados com alginato de sódio e L. brevis 59, L. pentosus 129 ou L.
fermentum 263 retardou o desenvolvimento e diminuiu a severidade das lesões de antracnose
em goiabas e mangas, artificialmente contaminadas com todas as espécies de Colletotrichum
testadas, durante o armazenamento sob temperatura ambiente. Ainda, esses revestimentos
causaram efeitos positivos em parâmetros físico-químicos indicadores da qualidade póscolheita
de goiaba e manga, destacando-se a redução da perda de peso e diminuição das perdas de
ácido ascórbico durante o armazenamento. Os revestimentos de alginato de sódio
adicionados das cepas de bactérias láticas potencialmente probióticas derivadas de frutas podem
ser considerados estratégias inovadoras e eficazes para reduzir o desenvolvimento de
antracnose pós-colheita e prolongar a capacidade de armazenamento de goiaba e manga.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Ana Elizabeth Cavalcante Fai Buarque de Gusmão
Presidente - 2380741 - EVANDRO LEITE DE SOUZA
Interno - 2475887 - MARIA ELIEIDY GOMES DE OLIVEIRA