Banca de DEFESA: KAMILLA HELEN RODRIGUES DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAMILLA HELEN RODRIGUES DA COSTA
DATA: 29/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: http://meet.google.com/zke-xxsi-hts
TÍTULO: AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO MÚSCULO PARAVERTEBRAL UTILIZANDO A RAZÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA PELA CIRCUNFERÊNCIA DO MÚSCULO (FMR) E RAZÃO DA ÁREA DO MÚSCULO PELA ALTURA (PMI) COMO PREDITOR DE GRAVIDADE EM PACIENTES COM COVID-19
PALAVRAS-CHAVES: Tomografia computadorizada. COVID-19. Pneumonia. Prognóstico.
PÁGINAS: 66
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A avaliação da composição corporal é um desafio entre os pacientes diagnosticados com COVID-19. Apesar de a obesidade ser um fator de risco para maior gravidade da doença, os métodos tradicionais para avaliação da composição corporal não são viáveis para ser utilizados nesse público. Uma alternativa seria a utilização da tomografia computadorizada (TC) de tórax, pois é um exame que faz parte da rotina clínica desses pacientes. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi realizar a avaliação tomográfica do músculo paravertebral utilizando a razão da circunferência da cintura pela circunferência do músculo (FMR) e razão da área do músculo pela altura (PMI) como preditores de gravidade em pacientes com COVID-19 internados num hospital de referência em João Pessoa-PB. Realizamos um estudo de coorte prospectivo com 150 pacientes internados num hospital de referência com diagnóstico de COVID-19. A amostra foi escolhida por conveniência, incluindo todos os pacientes internados de junho a agosto de 2020. Para avaliação da composição corporal foi utilizada a TC de tórax e as medidas foram realizadas no plano axial orientado no centro da 12ª vértebra torácica, foram analisados a FMR e a PMI de todos os pacientes. Uma segunda avaliação da composição corporal foi realizada após um mês entre um grupo de 59 pacientes que cursaram com alta hospitalar, foi avaliado a força de preensãopalmar (FPP) e fórmula de ISHII, para comparação com a análise anterior através da TC de tórax. Todos os casos foram divididos em não-críticos e críticos, eram considerados críticos os que atendiam a algum dos seguintes critérios: ocorrência deinsuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica, presença de choque e outras falências orgânicas que necessitem de acompanhamento e tratamento em unidade de terapia intensiva. Entre os 150 pacientes avaliados, 54% (n=81) eram idosos, 58%(n=87) eram do sexo masculino e a mediana de tempo de internação foi 6 (4 –10) dias. A prevalência de obesidade foram 52,6% (n=79), maior entre os pacientes não críticos (61,5%) (p<0,0001), porém a área do músculo peitoral (PMA) e a PMI também foram maiores entre os não-críticos (p=0,0003 e p=0,0002, respectivamente). Os valores de dímeroD, proteína C reativa (PCR) e razão neutrófilos/linfócitos (N/L) foram maiores entre os pacientes críticos (p=0,0008; p=0,0004 e p=0,437, respectivamente). As análises da composição corporal com a TC de tórax se correlacionaram com os métodos utilizados após a alta. A PMI < 14,4 cm/m² foi o marcador que apresentou maior correlação com mortalidade e gravidade da doença (OR ajustada: 8,80 e 4,98; IC 95%: 2,86-31,85 e 1,88-14,2; p=0,0003 e p=0,0017, respectivamente). Pacientes com PMI < 14,4 cm/m² tinham menor probabilidade de sobrevivência [HR = 7,68 (3,17 –18,5) e p<0,0001]. Além disso, pacientes com FMR>5 tiveram associação significativa com mortalidade e gravidade da doença (OR: 7,75 e 4,31; IC 95%: 1,82-48 e 1,30-17,4; p=0,0128 e p=0,0252, respectivamente). Assim, concluímos que aPMI se mostrou um bom marcador para prever resultados adversos na COVID-19 e também há viabilidade na utilização do FMR, sendopossível a utilização em pacientes com COVID-19 na prática clínica.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Interno - 1690607 - RAFAELA LIRA FORMIGA CAVALCANTI DE LIMA
Externo à Instituição - ALCIDES DA SILVA DINIZ