PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: SANDY FERREIRA MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SANDY FERREIRA MARTINS
DATA: 30/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/vjb-ygpf-dup
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO E VIABILIDADE DE UMA FORMULAÇÃO ENTERAL EXCLUSIVA EM ALIMENTOS IN NATURA E MINIMAMENTE PROCESSADOS, ADICIONADA DE FARINHA DE INHAME (Dioscorea cayenensis)
PALAVRAS-CHAVES: Nutrição enteral. Alimentos formulados. Alimento in natura. Tubérculos. Compostos fitoquímicos.
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é considerada a terapia de escolha prioritária quando o paciente está impossibilitado de utilizar fisiologicamente a via oral. Sob essas condições a TNE oferece benefícios como manutenção da integridade da barreira intestinal, melhora da função imune e redução do estresse oxidativo. Existem dois tipos de formulações utilizadas para fornecer a nutrição destes pacientes, que são as formulações enterais comerciais e artesanais. Estas últimas vêm ressurgindo devido o interesse em adotar um estilo de se alimentar mais saudável com o uso exclusivo de ingredientes in natura e minimamente processados e por aproximar o paciente ao contexto familiar. Alguns profissionais ao formularem as dietas enterais artesanais utilizam ingredientes industrializados que contribuem apenas para o aporte energético sem trazer nenhum outro benefício adicional, a exemplo da glicose de milho, açúcar refinado, cereais de milho e maltodextrina. A farinha de inhame (Dioscorea cayenensis) pode ser uma substituta para esses produtos industrializados, de modo a conferir tanto propriedades energéticas como compostos fitoquímicos relacionados com diversos benefícios ao organismo humano. Diante a inexistência de estudos com dietas enterais compostas com a farinha de inhame, o objetivo geral deste estudo foi elaborar uma formulação enteral artesanal exclusiva com alimentos in natura e minimamente processados, adicionada da farinha de inhame e avaliar sua composição nutricional, parâmetros osmolares, físico-químicos, microbiológicos e realizar as análises de custos. A obtenção da farinha de inhame foi realizada com base na metodologia de Guedes et al. (2021). Uma busca por estudos prévios e as informações do renomado Guia Alimentar para a População Brasileira serviram de coordenadas para a formulação da dieta enteral artesanal. Foi realizado o cálculo energético com base no peso médio obtido por Walpole et al. (2012) multiplicado pelas calorias por quilo de peso, conforme a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. As DRIs (Dietary Reference Intakes) foram utilizadas para estabelecer a porcentagem dos macronutrientes e para os cálculos de micronutrientes levou em consideração a RDA (Recommend Dietary Allowances) ou AI (Adequate Intakes), conforme disponibilidade. A avaliação da qualidade higiênico-sanitária (coliformes a 45°C, Staphylococcus coagulase positiva, Bacillus cereus e Salmonella spp.), análises de parâmetros osmolares, físico-químicos (atividade de água, viscosidade, estabilidade física, fluidez e gotejamento) e de custo da formulação foram realizadas. Os dados foram tabulados utilizando o Microsoft Excel 2016 e analisados com o auxílio do programa IBM Statitical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21.0. A farinha de inhame obtida apresentou uma textura fina e inodora que pôde ser adicionada na dieta enteral artesanal na qual apresentou coloração marrom e textura líquida-pastosa. Houve uma contribuição de 11% no conteúdo energético, 17% no conteúdo de fibras e conteúdo melhorado de todos os micronutrientes, segundo as recomendações das DRIS, após adição da farinha de inhame na dieta enteral artesanal. A dieta proposta apresentou parâmetros microbiológicos, osmolares e físico-químicos adequados. Obteve-se ainda, reduções nos custos de 70,91%, 74,06% e 75,71%, quando comparado com três fórmulas comerciais padrão. Os resultados desse presente estudo deram origem a um pedido de patente aceito, número BR 10 2021 015443 8, podendo a dieta ser adotada e reproduzida por indústrias, principalmente as menores por se tratar de um processo simplificado. Contudo, recomenda-se a realização de mais estudos que forneçam mais novas estratégias para assegurar e difundir a utilização de formulações exclusivas em alimentos in natura e minimamente processados, de modo a conferir benefícios a saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1860248 - ANA LUIZA MATTOS BRAGA
Presidente - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Interno - 1690607 - RAFAELA LIRA FORMIGA CAVALCANTI DE LIMA