PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUIZA ROLIM BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LUIZA ROLIM BEZERRA
DATA: 28/04/2022
HORA: 09:00
LOCAL: .....
TÍTULO: CONSUMO DE MEL DE MALÍCIA (MIMOSA QUADRIVALVISL.) PRODUZIDO PELA ABELHA JANDAÍRA ALTERAPARÂMETROS SOMÁTICOS, NEUROCOMPORTAMENTAIS EINFLAMATÓRIOS EM RATOS OBESOS
PALAVRAS-CHAVES: Ansiedade.Depressão.Cérebro.Inflamação. Obesidade. Mel de abelhas.
PÁGINAS: 116
RESUMO: A obesidade apresenta etiologia multifatorial, sendo um dos principais problemas de saúde públicaem todo o mundo. Esta doença é caracterizada peloexcesso de adiposidade e inflamação crônica de baixo grau e mais recentemente, vem sendo relacionada a alterações neurocomportamentais. Nesse contexto, a terapêutica da obesidade envolve diversas intervenções, especialmente a dietética, o que impulsiona o estudo de alimentos que podem ser adjuvantes no tratamento ou até mesmo na prevenção da doença. Entre eles, o mel deabelhas é apontado como alimento de potencial funcionale mais especificamente o mel de malícia (Mimosa quadrivalisL.)apresentapropriedades antioxidante, hipolipemiante e atuana melhora da saúde intestinal de ratos dislipidêmicos. Considerando os aspectos supracitados, a execuçãodeste trabalhotem como objetivoavaliar os potenciais efeitos do consumo do mel de malícia (Mimosa quadrivalis L.) produzido pela abelha jandaíra (Melipona subnitidaD.) sobre parâmetros somáticos, neurocomportamentais e inflamatórios de ratos obesos.O mel foi adquiridodiretamente de meliponicultores de abelha jandaíra(Melipona subnitidaD.), no semiárido nordestino brasileiro e caracterizado tendo procianidina B1 (19,24 ± 0,01 mg/100g), procianidina B2 (15,90 ± 0,01 mg/100g), epicatequina (14,34 ± 0,99 mg/100g), naringenina (11,99 ± 0,19 mg/100g), galato de epicatequina (9,43 ± 0,17 mg/ 100g) e ácido cafeico (9,20 ± 0,83 mg/100g), hesperidina (7,41 ± 0,84 mg/100g) e ácido gálico (6,04 ± 1,85 mg/100g). Utilizou-sequarentaratos Wistar com ±50 dias de idade,randomizados inicialmente em dois grupos: sadio(CS, n=20)que consumiram uma dieta controlee obeso (CO, n = 20)que consumiram dieta de cafeteria por 8 semanas.Após o períodode indução os ratos foram randomizadosem quatro grupos: sadio(GS, n = 10); obeso (GO, n = 10)que receberam gavagem (2 mL de água destilada); e grupos sadio(GSM, n = 10) e obeso (GOM, n = 10)tratados com mel de malícia (1000 mg/kg de peso corporal)permanecendo o consumo das respectivas dietas por mais oito semanas. Foram monitorados parâmetros somáticos, consumo e preferência alimentar. Na última semana, foram coletadas fezes dos ratos para quantificação de ácidos orgânicos. Oconsumoe a preferênciaalimentarforam avaliados diariamentee a massa corporal semanalmente. Ostestes comportamentais relativos à ansiedade e depressão foramrealizadosantes(8asemana)e após o período de intervenção com o mel (16asemana). Foram realizadas análises bioquímicas, tolerância à glicose e à insulinae foram calculados índice de carga metabólica, HOMA-IR e HOMA-β. Retirou-se tecido adiposoe cérebro para análise histológicaincluindo fator nuclear kappa B (NF-kB), além da quantificação de proteina delta fosβ.Otratamento com mel de malicia (GOM) ocasionoumanutenção no peso (-14%), diminuição do IMC (-6%)e deadiposidade (-30%)em relação do grupo GO. Além disso,melhorou atolerância à glicose e resistência à insulina, o perfil lipídico e níveis hormonais.Otratamento com melmelhorou o comportamento ansioso edepressivo,além de reduzirda área de marcação de NF-kB nocérebro. Esses resultados mostram que o mel de malíciamelhorou os parâmetros metabólicos ecomportamentais de ratos obesos, o que a torna um adjuvante natural no tratamento da obesidade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1553557 - JAILANE DE SOUZA AQUINO
Externo ao Programa - 1140014 - MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
Interno - 2294188 - VINICIUS JOSE BACCIN MARTINS