PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSÉ PATROCINIO RIBEIRO CRUZ NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ PATROCINIO RIBEIRO CRUZ NETO
DATA: 13/03/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório (Enfermagem - Nutrição) Anexo da Pós-graduação em Ciências da Nutrição
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE USO ORAL DE UM MIX CONTENDO CEPAS POTENCIALMENTE PROBIÓTICAS, Limosilactobacillus fermentum 139, 263 e 296, EM RATOS WISTAR
PALAVRAS-CHAVES: Limosilactobacillus fermentum. Probióticos. Genotoxicidade. Toxicidade geral subcrônica. Avaliação de segurança.
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: As cepas de Limosilactobacillus fermentum (L. fermentum 139, L. fermentum 263, L. fermentum 296) potencialmente probióticas foram isoladas do subproduto do processamento de frutas e a administração de um mix composto pelas três cepas tem demonstrado melhora da composição da microbiota intestinal, melhora de parâmetros cardiometabólicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em ratos que consumiram dieta hiperlipídica. As cepas de L. fermentum 139, L. fermentum 263, L. fermentum 296 demonstraram ser seguras em ensaios in vitro. Contudo, não há estudos que atestem a segurança de uso oral do mix de L. fermentum 139, L. fermentum 263, L. fermentum 296. Logo, o objetivo do presente estudo foi avaliar a segurança de uso oral do mix de cepas potencialmente probióticas. Para tal, foram conduzidos os estudos de toxicidade oral de dose repetida de 90 dias em roedores, bem como o ensaio de micronúcleo em eritrócitos de mamíferos, ainda, foram quantificadas citocinas pró e anti-inflamatórias para confirmar umas das alegações probióticas do mix. Foram utilizados 60 ratos wistar (30 machos e 30 fêmeas), randomizados em grupo controle (CTL - 1ml de PBS), grupo baixa dose (Lf-Ld - 3 x 10 8 UFC/mL) e grupo alta dose (Lf-Hd – 3 x 10 10 UFC/mL). Na avaliação da genotoxicidade do mix probiótico a média de micronúcleos policromáticos em eritrócitos não foi significativamente diferente entre os grupos (p>0.05), ainda, a formulação não aumentou a frequência de micronúcleos em eritrócitos de ratos de ambos os sexos em doses até 10 UFC/mL (p>0.05). No estudo de toxicidade subcrônica não foram relatadas mortes, surgimento de tumores, alterações no pelo, no comportamento e no ganho de peso dos animais. Não foram observadas alterações nos pesos relativos dos órgãos em ambos os sexos. As concentrações de linfócitos dos machos do grupo alta dose apresentaram-se elevadas em comparação ao grupo controle (p<0.05), ainda, nas fêmeas do grupo alta dose, foi possível observar aumento dos níveis séricos de GGT quando comparadas ao grupo controle (p<0.05). Mesmo que tais alterações tenham sido presenciadas, outros indicadores bioquímicos (AST, ALT e fosfatase alcalina), hematológicos e histológicos não permitem atribuir esses aumentos ao uso do mix, sendo então considerados espontâneos e aleatórios. Ratos que receberam a dose alta do mix probiótico apresentaram melhora no perfil lipídico, como demonstrado com a redução nos níveis séricos de colesterol e triglicerídeos em fêmeas e redução nos níveis de colesterol em machos (p<0.05). Além disso, altas doses do mix probiótico promoveu uma redução nos níveis de citocinas pró-inflamatórias, porém os níveis séricos de citocinas anti-inflamatórias não foram aumentados em ambos os sexos. Com base nos resultados do presente estudo, é possível concluir que o mix de cepas potencialmente probióticas não promoveu efeitos adversos à saúde de ratos saudáveis, atestando assim a segurança de uso do mesmo, ainda, também foi possível reforçar as suas alegações probióticas. Juntos, esses resultados podem estabelecer critérios para estudos de toxicidade crônica, bem como estabelecer critérios para exposição humana.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALISSON MACÁRIO DE OLIVEIRA
Presidente - 2293231 - JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
Interno - 1860341 - MARCIANE MAGNANI