PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: MAYARA DOS SANTOS CAMELO MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYARA DOS SANTOS CAMELO MOREIRA
DATA: 24/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/fsh-pqki-pmk
TÍTULO: Distribuição do Câncer infanto-juvenil e o tempo entre o diagnóstico e início do tratamento: análise a partir dos Registros Hospitalares de Câncer, 2010-2016
PALAVRAS-CHAVES: Oncologia Clínica; Serviço Hospitalar de Oncologia; Pediatria; Sistema de Informação Hospitalar.
PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Engenharia/Tecnologia/Gestão
RESUMO: A neoplasia infantojuvenil apresenta comportamento clínico diferente quando comparada aos cânceres que acometem indivíduos adultos. Em crianças e adolescentes ela se desenvolve rapidamente, tornando-se bastante invasiva. Portanto, o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento é decisivo no prognóstico da doença. Objetivou-se analisar a distribuição do câncer infantojuvenil e o tempo entre o diagnóstico e início do tratamento a partir dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) de 2010 a 2016. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e analítico, de base secundária, de 36.187 registros pertencentes à base hospitalar do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), sendo identificadas características epidemiológicas e o cumprimento da Lei Federal 12.732/12. Foram calculadas frequências absolutas e percentuais, medidas de tendência central e dispersão e o coeficiente de prevalência do câncer infantojuvenil. Foi utilizada a regressão logística, adotando-se um nível de significância de 5% para identificação dos fatores associados ao tempo (= 60dias) para início do tratamento oncológico. A idade média foi 9,3 anos (±6,2), 54,1% (n=19.586) eram do sexo masculino e 32,0% (n=11.440) pertenciam à faixa etária de 0 a 4 anos. Em relação à cor da pele, 43,4% (n=11.338) declarou cor parda. A região Sudeste concentrou 40,2% (n=14.564) dos casos e, destes, 63,0% (n=9.178) apresentaram neoplasia do tipo sólida, ao contrário da região Norte, onde a maioria (53,9%; n=1.535), desenvolveu neoplasias hematológicas. Constatou-se que 77,0% (n=27.929) dos casos registrados, de 0 a 19 anos, realizaram tratamento em um tempo menor ou igual a 60 dias, no entanto, para 41,0% (n=2.207) dos adolescentes, este tempo foi superior a 60 dias. A partir do modelo de regressão logística, observou-se que indivíduos do sexo feminino (OR=1,2), de 15 a 19 anos (OR=2,6), residentes na região Norte (OR=2,7) e com neoplasia do tipo sólida (OR=2,0) tiveram mais chances de realizar o tratamento oncológico em um tempo superior a 60 dias. Conclui-se que características do câncer infantojuvenil variaram entre as regiões geográficas brasileiras, a maioria dos pacientes conseguiu realizar seu tratamento no intervalo de tempo preconizado por lei, no entanto, adolescentes de 15 a 19 anos e pacientes com neoplasia do tipo sólida apresentaram mais chances de realizar o tratamento em um tempo superior a 60 dias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo ao Programa - 1552220 - EUFRASIO DE ANDRADE LIMA NETO
Externo à Instituição - ISABELLA LIMA ARRAIS RIBEIRO
Interno - 1724406 - LUIZ MEDEIROS DE ARAUJO LIMA FILHO
Interno - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA