PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: AMANDA DE SOUZA VASCONCELOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA DE SOUZA VASCONCELOS
DATA: 28/04/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório do DSE/CCEN/Campus I da UFPB
TÍTULO: Impactos das recentes anomalias térmicas em comunidades de recifes marginais do Nordeste do Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Estresses térmicos, branqueamento em corais, recifes marginais, DHW, SST.
PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO: Eventos de anomalias térmicas tem sido recorrente nos anos recentes (2019, 2020 e 2022) no Atlântico Sul, afetando grande extensão dos recifes marginais do Nordeste do Brasil. Por muito tempo a região esteva fora dos grandes episódios de branqueamento em corais registrados no mundo, pois as anomalias térmicas na região eram esporádicas e de baixa intensidade. Este trabalho analisou os efeitos desses eventos nos recifes da Ponta do Seixas, Nordeste do Brasil, e descreveu a periodicidade dos registros históricos (1985-2022) dessas anomalias. Foram usados dados do DHW (Degree Heathing Week) e da SST (Sea Surface Temperature) e levantado as condições de saúde dos cnidários através de transectos lineares. Seis pulsos de aquecimento ocorreram na região e 4 deles chegaram ao nível de alerta 2 para branqueamento. O pior cenário ocorreu em 2020 provocando branqueamento severo em corais, hidroides calcários, zoantídeos e gorgônias, com o aquecimento das águas estendendo-se por 115 dias e DHW e SST acima de 15ºC-semanas e 300C, respectivamente. Em 2019, 62,5% dos corais branquearam, 20,6% ficaram doentes, e 0,2% morreram. Em 2020, branqueamento severo acometeu corais (77,0%) e zoantídeos (35,5%), com 1,4% de mortalidade em corais. Em 2021, ano sem estresse térmico, 82,0% dos corais e 97,8% dos zoantídeos haviam se recuperado, mas a proporção de corais doentes e mortos aumentou (11,1 e 2,6%, respectivamente). Em 2022 o estresse térmico foi de baixa amplitude e extensão, mas 25,0% dos corais e 20,02% dos zoantídeos branquearam severamente, mas aumentou a proporção de corais doentes (15,0%) e mortos (3,0%). Doenças só ocorreram no complexo Siderastrea. Mortalidade ocorreu em Mussismilia harttii e M. hispida, nas gorgônias e em hidroides calrários. Zoantídeos foram os únicos que não apresentaram mortalidade. O aumento na frequência e gravidade do branqueamento na área traz uma preocupação quanto a resiliência dos corais frentes aos recorrentes estresse termicos atuais e futuros.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2543831 - CRISTIANE FRANCISCA DA COSTA SASSI
Externo ao Programa - 1917574 - ELAINE BERNINI
Interno - 272.776.448-08 - RICARDO LOURENÇO DE MORAES - UFPB