PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PIPPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANA CRISTINA RABELO LOUREIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CRISTINA RABELO LOUREIRO
DATA: 05/10/2013
HORA: 10:00
LOCAL: CCHLA - SALA DO MESTRADO
TÍTULO: FORMAÇÃO DE VALORES MORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS SOCIAIS DAS PROFESSORAS
PALAVRAS-CHAVES: representações sociais; valores morais; práticas sociais; professoras; educação infantil.
PÁGINAS: 264
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO:

 

A educação moral tem sido objeto de discussão e de pesquisa em todos os níveis do
ensino. Diante desta constatação, esta tese, tendo como fundamento teórico a Teoria das
Representações Sociais e a Teoria de Piaget, tem como objetivo principal compreender
as concepções e as práticas de professoras de pré-escolas sobre valores morais na
criança e verificar a relação entre esses dois aspectos. Para tanto foram realizados três
estudos. O primeiro estudo objetivou compreender as representações sociais das
professoras de pré-escola em relação a valores morais, contando com a participação de
39 professoras de escolas públicas e privadas, da cidade de Campina Grande- PB. Os
dados deste estudo foram obtidos por meio de uma entrevista semi-estruturada,
submetidos à análise de conteúdo semântico (Método de Bardin) e ao teste do qui-
quadrado. Os resultados indicaram que as professores das escolas públicas e privadas,
apresentaram várias formas de definir os valores morais (predominando a utilização de
exemplos. relativos a valores heterônomos e a valores autônomos), apontaram a
formação moral como um dos objetivos da Educação Infantil e afirmaram que a escola
tem a função de complementar a formação moral que a criança recebe na família. O
segundo estudo objetivou analisar as práticas pedagógicas de professoras de pré-escola,
voltadas para a formação de valores morais, cujas participantes foram 10, das 39
professoras entrevistadas, sendo 5 de escolas públicas e  5 de privadas, respectivamente.
Neste estudo realizaram-se 20 observações naturalísticas, na sala de aula (duas por cada
professora), por meio da utilização de uma filmadora portátil, com duração de 20
minutos. Por meio da categorização destes dados e da utilização do teste do qui-
quadrado, verificou-se que as práticas de formação moral, em ambos os tipos de escolas,
ocorreram nas interações entre as professoras e alunos, independentemente das
atividades didáticas. As professoras das escolas públicas, quando comparadas com as
das escolas privadas, apresentaram uma maior tendência para a imposição de limites
com, ênfase no aspecto coercitivo e heterônomo. As professoras das escolas privadas,
quando comparadas com as das escolas públicas, apresentaram maior tendência em
utilizar estratégias de formação moral que estimulavam à dependência das crianças. Em
ambos os tipos de escolas, verificaram-se estratégias que estimularam a autonomia das
crianças e a utilização dos estilos autoritário e autoritativo, diante das situações em que
as crianças infringiam as regras. Finalmente, no terceiro estudo compararam-se os dados
das entrevistas, relativos às concepções das professoras sobre valores morais e com os
da observação, relacionadas às estratégias de formação de valores morais, apresentados
pelas 10 professoras que foram observadas. Estes dados foram submetidos à análise
lexical, por meio do ALCESTE. Os resultados indicaram uma relação entre as
representações e as práticas das professoras em relação aos valores e a formação moral,
verificada no dedrograma, composto por dois grupos, “Representações Morais” e
“Práticas de Formação Moral”, sendo cada grupo constituído por três classes
interligadas.  De uma maneira geral, os resultados indicaram que as representações e as
práticas sociais das professoras, de ambos os tipos de escola, se ancoraram na
perspectiva piagetiana , identificando-se a dificuldade em diferenciar os valores morais
das normas sociais e indicando a necessidade de uma melhor formação destas
profissionais para lidar com a educação moral das crianças.

A educação moral tem sido objeto de discussão e de pesquisa em todos os níveis do ensino. Diante desta constatação, esta tese, tendo como fundamento teórico a Teoria das Representações Sociais e a Teoria de Piaget, tem como objetivo principal compreender as concepções e as práticas de professoras de pré-escolas sobre valores morais na criança e verificar a relação entre esses dois aspectos. Para tanto foram realizados três estudos. O primeiro estudo objetivou compreender as representações sociais das professoras de pré-escola em relação a valores morais, contando com a participação de 39 professoras de escolas públicas e privadas, da cidade de Campina Grande- PB. Os dados deste estudo foram obtidos por meio de uma entrevista semi-estruturada, submetidos à análise de conteúdo semântico (Método de Bardin) e ao teste do qui- quadrado. Os resultados indicaram que as professores das escolas públicas e privadas, apresentaram várias formas de definir os valores morais (predominando a utilização de exemplos. relativos a valores heterônomos e a valores autônomos), apontaram a formação moral como um dos objetivos da Educação Infantil e afirmaram que a escola tem a função de complementar a formação moral que a criança recebe na família. O segundo estudo objetivou analisar as práticas pedagógicas de professoras de pré-escola, voltadas para a formação de valores morais, cujas participantes foram 10, das 39 professoras entrevistadas, sendo 5 de escolas públicas e  5 de privadas, respectivamente. Neste estudo realizaram-se 20 observações naturalísticas, na sala de aula (duas por cada professora), por meio da utilização de uma filmadora portátil, com duração de 20 minutos. Por meio da categorização destes dados e da utilização do teste do qui- quadrado, verificou-se que as práticas de formação moral, em ambos os tipos de escolas, ocorreram nas interações entre as professoras e alunos, independentemente das atividades didáticas. As professoras das escolas públicas, quando comparadas com as das escolas privadas, apresentaram uma maior tendência para a imposição de limites com, ênfase no aspecto coercitivo e heterônomo. As professoras das escolas privadas, quando comparadas com as das escolas públicas, apresentaram maior tendência em utilizar estratégias de formação moral que estimulavam à dependência das crianças. Em ambos os tipos de escolas, verificaram-se estratégias que estimularam a autonomia das crianças e a utilização dos estilos autoritário e autoritativo, diante das situações em que as crianças infringiam as regras. Finalmente, no terceiro estudo compararam-se os dados das entrevistas, relativos às concepções das professoras sobre valores morais e com os da observação, relacionadas às estratégias de formação de valores morais, apresentados pelas 10 professoras que foram observadas. Estes dados foram submetidos à análise lexical, por meio do ALCESTE. Os resultados indicaram uma relação entre as representações e as práticas das professoras em relação aos valores e a formação moral, verificada no dedrograma, composto por dois grupos, “Representações Morais” e “Práticas de Formação Moral”, sendo cada grupo constituído por três classes interligadas.  De uma maneira geral, os resultados indicaram que as representações e as práticas sociais das professoras, de ambos os tipos de escola, se ancoraram na perspectiva piagetiana , identificando-se a dificuldade em diferenciar os valores morais das normas sociais e indicando a necessidade de uma melhor formação destas profissionais para lidar com a educação moral das crianças.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANGELA ELIZABETH LAPA COELHO
Presidente - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Externo à Instituição - LICIA DE SOUZA LEÃO MAIA
Externo à Instituição - MARCIA MAGALHAES AVILA PAZ
Interno - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO