PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: JOSÉ ERIC DA PAIXÃO MARINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ ERIC DA PAIXÃO MARINHO
DATA: 03/03/2020
HORA: 15:00
LOCAL: CCHLA 514
TÍTULO: Considerações sobre a sintaxe do português do Brasil em gramáticas do período científico (1880-1920)
PALAVRAS-CHAVES: Português do Brasil; Sintaxe; Historiografia da Linguística
PÁGINAS: 114
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: A discussão sobre a existência de uma língua portuguesa do Brasil não é algo recente. No que diz respeito à gramaticografia brasileira, Cavaliere (2014) e Coelho et al. (2014) apontam para a aparição dos primeiros dados sintáticos do português do Brasil nas gramáticas produzidas no período dito “científico”, entre 1880 e 1920. Gramáticos deste período, como Júlio Ribeiro (1881), João Ribeiro (1887), Pacheco & Lameira (1887) e Carneiro Ribeiro (1890), motivados por fatores políticos, sociais e linguísticos, já assinalavam a existência das particularidades da língua dos brasileiros em suas obras. Após realizar um mapeamento das gramáticas produzidas no século XIX e verificar, através de um processo pré-analítico, que, de fato, as primeiras aparições significativas de dados sintáticos do português do Brasil ocorrem nas gramáticas produzidas a partir de 1881, almejamos, nesta dissertação de mestrado, investigar o tratamento dado às especificidades sintáticas do português do Brasil em gramáticas do período dito científico (1880 a 1920). Tomamos como objeto de pesquisa as seguintes gramáticas: Ribeiro (1881), Pacheco & Lameira (1887), Ribeiro (1887; 1887 [1889]), Alves (1897), Pereira (1907), Gomes (1913 [1887]), Maciel (1914 [1890]), e Carneiro Ribeiro (1915 [1890]). Para alcançar tal objetivo, será utilizado o arcabouço teórico-metodológico da Historiografia da Linguística, com base nos textos de Koerner (1996; 2014; 2016), Swiggers (2010; 2013), Altman (2004) e Batista (2013), que nos auxiliarão, juntamente às fontes secundárias (VIEIRA, 2018; BORGES NETO, 2018; POLACHINI, 2018; entre outros), na reconstrução e discussão do clima de opinião da época e suas possíveis influências no tratamento dado às especificidades sintáticas do português do Brasil nas gramáticas selecionadas para análise. Os resultados mostram que, apesar de uma crescente retórica em favor dos processos evolutivos da língua e uma maior aparição das especificidades do português do Brasil nas fontes selecionadas, o tratamento sintático dado a tais especificidades, em sua maioria, se configura de modo proibitivo e a partir de uma perspectiva de inferioridade à norma lusitana, prescrita e idealizada.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 8338400 - ANGÉLICA ARAUJO DE MELO MAIA
Presidente - 2349477 - FRANCISCO EDUARDO VIEIRA DA SILVA
Externo à Instituição - LEONARDO GUEIROS DA SILVA
Interno - 2307716 - MARIA DEL PILAR ROCA ESCALANTE
Interno - 1344825 - MONICA MANO TRINDADE FERRAZ