PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
32167745

Notícias


Banca de DEFESA: THIAGO MAGNO DE CARVALHO COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO MAGNO DE CARVALHO COSTA
DATA: 30/11/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Via Plataforma Zoom
TÍTULO: Análise comparativa de construções com verbos leves nas Línguas Portuguesa e Inglesa: um estudo baseado no Léxico Gerativo
PALAVRAS-CHAVES: Semântica lexical, LG, verbos leves, mecanismos gerativos, polissemia
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO: A proposta do Léxico Gerativo (LG), cunhada por Pustejovsky (1991a, 1995), apresenta-se como uma das mais modernas abordagens componenciais para os estudos semântico-lexicais. Esse modelo teórico tem como premissa estudar aspectos já apontados como problemáticos para as teorias de Semântica Lexical, tais como a natureza polimórfica da linguagem. Neste sentido, esta pesquisa de doutorado tem por objetivo analisar o comportamento semântico de algumas construções com os verbos leves (CVL) postos como prototípicos: ‘dar’, ‘fazer’, ‘ter’ e ‘tomar’. Por ser um estudo comparativo, algumas construções com as contrapartes desses verbos na Língua Inglesa (to give, to do/to make, to have e to take) também são analisadas, seguindo o mesmo protocolo. Assim, as CVL são discutidas sob a perspectiva do LG, considerando como aparato teórico os estudos de Pustejovsky (1991a, 1991b, 1995, 2013, 2014a, 2014b), fazendo uma confluência entre os estudos acerca dos verbos leves (VL), pautados em Jespersen (1954), Kearns (1988), Brugman (2001), Butt (2003), Perini (2017), entre outros. Partindo da premissa de que seria muito oneroso para a Semântica Lexical concordar com o pressuposto assumido pelas gramáticas tradicionais e de uso das línguas (Portuguesa e Inglesa), assim como por muitos linguistas, de que há um esvaziamento semântico desses verbos quando eles funcionam como verbos leves (VL), busca-se responder aos seguintes questionamentos metodológicos: (a) as CVL são simplesmente combinações do tipo “verbo + complemento”, assim como a hegemonia dos estudos sobre essa classe verbal afirma, ou há uma alteração de sentido desses verbos em virtude desse complemento? e (b) caso haja registros de esvaziamento de sentido, não haveria alguma teoria da Semântica Lexical que explicasse o comportamento das CVL? A partir da busca de dados em corpora de língua em uso, delimitam-se, como corpus de análise, nove construções com os verbos mencionados, representativas do que se pretende analisar e comprovar. Baseados na hipótese de que nem todos os verbos leves possuem o esvaziamento de sentido, buscamos, com a análise dos dados, mostrar que um novo sentido pode ser atribuído aos verbos, tendo em vista que cada um deles pode estar em um espectro diferente da “gradação de leveza”. Os resultados mostram que o modelo proposto para as análises é bastante positivo e pode responder aos questionamentos de pesquisa. Conclui-se que há restrições ao se aplicar essa definição de vazio semântico aos VL, pois cada verbo (quando comparado um com o outro) pode apresentar uma gradação de leveza diferente, dependendo do argumento interno que se apresenta. Isso posto, comprovamos que, em ambas as línguas estudadas, podemos encontrar alguns verbos “mais” leves do que outros, ou seja, verbos que apresentam um bleaching semântico mais acentuado do que outro, mesmo contrariando os estudos léxico-semânticos. Sendo assim, apresenta-se uma sugestão de acréscimo de observações nas entradas lexicais de dicionários a fim de que se chame a atenção dos usuários de cada língua acerca do comportamento semântico desses verbos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HERONIDES MOURA
Interno - 1572304 - JOSE FERRARI NETO
Externo à Instituição - LILIAN CRISTINE HUBNER
Interno - 1571593 - MAGDIEL MEDEIROS ARAGAO NETO
Externo ao Programa - 338165 - MARIA LEONOR MAIA DOS SANTOS
Presidente - 1344825 - MONICA MANO TRINDADE FERRAZ
Externo à Instituição - MORGANA FABIOLA CAMBRUSSI