Banca de QUALIFICAÇÃO: RADAMÉS DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RADAMÉS DE SOUSA
DATA: 20/11/2020
HORA: 00:00
LOCAL: ufpb
TÍTULO: A IMAGÉTICA DAS BEATITUDES EM HIERONYMUS BOSCH: Religiosidade popular na Cristandade Medieval e no Renascimento do Norte europeu– Séculos XIV-XVI.
PALAVRAS-CHAVES: Bosch; arte sacra; Idade Média; Renascença
PÁGINAS: 49
RESUMO: Proponho-me a analisar a religiosidade popular através das formas de experiência religiosa dos mártires, dos santos, dos eremitas, dos monges e pregadores que se difundiram pela Cristandade medieval e no Renascimento, entre os séculos XIV até XVI e que a iconografia do período retrata tão ricamente. Pretendo compreender sobre esses comportamentos e personagens presentes na religiosidade cristã medieval. Dentre os quais, se entrecruzam ás formas de devoções populares ao culto aos santos no Ocidente medieval. Venerados com tanta veemência, desde a Antiguidade Tardia e Alta Idade Média com o surgimento das devoções aos primeiros mártires, passando pelo prestígio dos ascetas do Oriente, na Alta Idade Média, os monges católicos entre os séculos X, XII e XIII, até os pregadores, místicos e eremitas dos séculos XIV, XV e XVI. Esses eremitas, monges, santos e mártires, também, foram modelos para o restante da Cristandade. Portanto, as pessoas deveriam tanto imitar a Cristo quanto seguir os passos de seus seguidores que mais se aproximaram em busca da perfeição cristã na terra. Diante desse brevíssimo resumo, parto, principalmente, de fontes primárias medievais como as pinturas, as obras religiosas, os devocionários católicos e outras fontes para compreender o sentido e o lugar que ocupou a santidade nesse recorte temporal-espacial, os séculos XIV-XVI, no Norte europeu. Também me interessa a recepção da santidade, entre os homens e mulheres dos séculos XIV, XV, XVI, os lugares de santidades e as rupturas e inovações cultuais nesse período. Tratarei, como foco principal desta análise, o conjunto pictórico de Hieronymus Bosch (1450-1516), mas também outros artistas de seu entorno que retrataram, através da iconografia religiosa, suas visões dos tipos de vida religiosa. E por meio de obras historiográficas e da área de ciência das religiões que me darão suporte teórico-metodológico, como o conceito de Santidade proposto pelo historiador medievalista André Vauchez (1989), pelo estudo do historiador Johan Huizinga (1872-1945) sobre a devoção no tardar da Idade Média e pelas obras mais recentes de historiadores da arte que analisam sobre o conjunto pictórico de Hieronymus Bosch, a saber, Lynn F. Jacobs (2000), Stefan Fischer (2014), Matthijs Ilsink (2016), Walter Bosing (2006). E por fim, utilizar para essa pesquisa o método iconológico de análise de imagens proposto por Erwin Panofsky (1991).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1649543 - JOHNNI LANGER
Interno - 1814691 - MARIA LUCIA ABAURRE GNERRE
Externo à Instituição - LUCIANA DE CAMPOS