PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL (PPGSS)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: IRIS SUNSYARAY MENDES FELICIANO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IRIS SUNSYARAY MENDES FELICIANO
DATA: 31/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Vídeoconferência
TÍTULO: O neodesenvolvimentismo no Brasil: um estudo sobre a sua gênese, ascensão
e contradições (2006-2010)
PALAVRAS-CHAVES: Neodesenvolvimentismo. Brasil. Governos Lula da Silva. Política
econômica.
PÁGINAS: 186
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social do Trabalho
RESUMO: Esta dissertação analisa a caracterização do neodesenvolvimentismo
vivenciado no país entre os anos de 2006 a 2010. Uma processualidade
ocorrida durante os governos Lula da Silva, pelo Partido dos Trabalhadores
(PT), sob um máximo do desenvolvimento econômico agregado à inclusão
social. O estudo, de caráter qualitativo foi realizado por meio da pesquisa
bibliográfica sobre a origem e a configuração desse ideário na América
Latina com enfoque na particularidade brasileira, e pesquisa documental para
conferir legitimidade e profundidade aos dados trabalhados. Elegeu-se três
matrizes teóricas para análise do neodesenvolvimentismo no Brasil: a dos
intelectuais orgânicos do governo que reafirmavam as narrativas oficiais; uma
dos teóricos que faziam uma crítica moderada à condução dos mandatos,
mas não admitiam uma orientação liberal por parte dos mesmos, e aos que
teciam uma crítica radical ao direcionamento problemas governos respaldados na
concepção marxista do subdesenvolvimento histórico, tornando o país
dependente das economias centrais. Deste modo, ao tempo que exerce
essas linhas teóricas se evidenciam as principais mudanças ocorridas no
campo macroeconômico e político como a valorização das commodities, a
dinâmica externa favorável, o papel dos grandes bancos públicos, o
Acompanhamento dos índices econômicos e a postura estatal na viabilização
esses e os fatores demais ingredientes. No primeiro momento, teste-se a
teorização neodesenvolvimentista buscando qualificar a sua essência e a
sua insurgência no Brasil. Em seguida, se apresenta como narrativas afinadas
com o governo federal, evidenciando uma composição de um Estado social
fortalecido por meio de políticas de distribuição de renda, ampliação de
emprego, valorização salarial, viabilização ao crédito e ao consumo e demais
iniciativas de investimento estatal. E por fim, endossando a leva dos
intelectuais que contrariam a perspectiva das grandes transformações na
sociedade brasileira, se tenta deslindar o mito criado da integração
economia e desenvolvimento social em um movimento dialético de dissecar as principais contradições desse processo em variados setores da sociedade.
Nesse contexto, conclui-se que os governos do PT tiveram uma condução
voltada aos ditames do capital em seu estágio contemporâneo e as medidas
de promoção social empregadas serviram para conter a população de
possíveis organizações contra a ordem capitalista e legitimar a sociedade do
mercado, camuflando assim a real orientação partidária. Aplicou-se uma
estratégia de conciliação e coalização de classes que teve entre suas
principais consequências, o esvaziamento da dimensão classista nos conflitos
do trabalho. Compreende-se, portanto, que o neodesenvolvimentismo se
tratou de uma falsa inflexão no processo de desenvolvimento econômico
brasileiro, registrando mudanças pontuais às classes mais baixas da
sociedade e fluidez para as de cima. Um projeto que serviu de expansão
ao potencial burguês lhe conferindo espaço para maiores ofensivas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336645 - JALDES REIS DE MENESES
Externo ao Programa - 1839068 - JAMERSON MURILLO ANUNCIACAO DE SOUZA
Externo ao Programa - 1518259 - MARCELO SITCOVSKY SANTOS PEREIRA