PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: ERICA JAQUELINE SOARES PINTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERICA JAQUELINE SOARES PINTO
DATA: 30/08/2019
HORA: 15:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: RELAÇÕES DE GÊNERO NA CARREIRA ACADÊMICA EM ENGENHARIA CIVIL
PALAVRAS-CHAVES: Gênero. Engenharia. Trajetória acadêmica. Docência Superior.
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO: Esta pesquisa, integrante de um projeto financiado pelo CNPq, teve o objetivo de analisar como as relacoes de genero podem condicionar a carreira do magisterio superior de mulheres do curso de Engenharia Civil de uma Instituicao Federal de Ensino Superior (IFES) nordestina. O referencial teorico que informa a pesquisa situa-se na confluencia dos estudos de genero, ciencia e tecnologia e carreira academica. A pesquisa e qualitativa e engloba 10 professoras e 3 professores. Metodologicamente seguiu quatro etapas. A primeira consistiu no levantamento do ingresso de mulheres no respectivo departamento, ao longo de sua existencia, e de sua composicao atual por sexo, junto ao Sistema Integrado de Gestao de Atividades Academicas – SIGAA e no proprio departamento. A segunda envolveu a busca e analise dos curriculos Lattes do CNPq de todos/as os/as docentes ativos/as: 10 mulheres e 32 homens. A terceira comparou os curriculos de 3 professoras e 3 professores com ingresso equivalente na carreira para vislumbrar possiveis desigualdades entre os sexos quanto ao “poder cientifico” e “poder universitario”, categorias de Pierre Bourdieu. A quarta e ultimo passo consistiu na realizacao e analise de entrevistas com 3 professores e as 10 professoras do departamento, para verificar os condicionantes de genero em suas trajetorias docentes e cientificas. Observou-se que, ainda que o departamento tenha integrado mais mulheres nos ultimos anos, especialmente a partir de 2008, confirma-se a tese de que a carreira docente das professoras do curso de Engenharia Civil da IFES e dificultada pela socializacao de genero, que naturaliza as desigualdades a partir das diferencas sexuais, perpetuando a divisao sexual do trabalho. Ademais, a cultura androcentrica da academia e da ciencia se concretiza em limites palpaveis e/ou sutis a valorizacao e progressao das mulheres, o que se agrava na Engenharia Civil, campo masculino. A analise comparativa mostra que os homens crescem mais, especialmente no “poder cientifico” e, quando nao se destacam, nao se sentem cobrados ou preocupados com a baixa produtividade, o que nao acontece com as mulheres. Elas enfrentam, sobretudo, os desafios de constantemente provar competencia, transitando entre a reproducao e a quebra de estereotipos masculinos, alem da conciliacao entre carreira e maternidade. Umas reconhecem isso como desafios de genero, outras nao, mas, de maneira geral, mostram que gostam do que fazem e sao autoconfiantes, determinadas e nao se intimidam, o que aponta para uma quebra de padroes do que se espera socialmente para as mulheres. Algumas, apesar de reproduzirem estereotipos masculinos, questionam as praticas rigidas do curso e valorizam aspectos mais humanisticos. E possivel concluir que a participacao crescente das mulheres na Engenharia Civil pode contribuir para modificar a estrutura androcentrica e patriarcal do campo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 333019 - MARIA EULINA PESSOA DE CARVALHO
Interno - 1441691 - MARIA LUCIA DA SILVA NUNES
Interno - 2506180 - JEANE FELIX DA SILVA
Externo ao Programa - 6330763 - TARCISO CABRAL DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA LUCIA VANNUCHI
Externo à Instituição - MARIA ROSA LOMBARDI
Externo à Instituição - MARIA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA ANDRADE LEITÃO