PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: AJANAYR MICHELLY SOBRAL SANTANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AJANAYR MICHELLY SOBRAL SANTANA
DATA: 23/03/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGE
TÍTULO: ATUAÇÃO DO CENTRO ESTUDANTIL CAMPINENSE: MOVIMENTO ESTUDANTIL, PROJETOS EDUCACIONAIS E CULTURAIS POLITICAS EM CAMPINA GRANDE (1945-1964.
PALAVRAS-CHAVES: Centro Estudantal Campinense. Movimento Estudantil. Imprensa. Memória.
PÁGINAS: 223
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: Este estudo objetivou investigar as atuações dos/as centristas a partir das suas práticas educacionais, culturais e políticas nas representações de lideranças estudantis no espaço do CEC, e da formação da juventude campinense com base em discursos sobre ser a referida entidade uma escola de formação extraescolar. Perscrutamos as atividades e lutas dos/as centristas na cidade de Campina Grande/PB, entre os anos de 1945 a 1964, apropriada como lugar para o desenvolvimento de suas práticas: eleições, enfrentamentos e aproximações com políticos e órgãos públicos e privados, e as lutas em defesa da educação. Para tanto, analisamos como fonte e objeto de pesquisa o jornal Formação, periódico oficial do CEC, e outros jornais que circularam na cidade neste período, que trouxeram noticias sobre os acontecimentos do movimento estudantil campinense e que foram apropriados pelos/as centristas, através, principalmente, das colunas estudantis. Para tanto, nos apropriamos de concepções teóricas e metodológicas da história oral (Nora, 1993; Halbwachs, 2006; Gagnebin, 2009; Bosi, 1994), da história política (Sirinelli, 2003; Heinz, 2006; Gontijo, 2005; Motta, 2009) e do método prosopográfico (Albuquerque Júnior, 2013; Charle, 2006) através de entrevistas dos/as ex-centristas, de pesquisas bibliográficas, icnográficas (Burke, 2004), jornalísticas (Capelato, 1988; Araújo, 1986) e escritas de si (Gomes, 2004). Conclui-se que, ao problematizarmos as discussões dos/as centristas acerca dos debates em defesa das causas educacionais, os/as mesmos/as estiveram inseridos/as em uma cultura política, em que as elites, os intelectuais engajados e os próprios estudantes criaram espaços de sociabilidades destinados à escrita e à leitura, como os clubes literários, os jornais e os grêmios estudantis, com discussões problematizadoras e literárias para criar a ideia de uma cidade politizada e em desenvolvimento através das letras. Desta maneira, para além da criação e organização do jornal Formação como um órgão noticioso das ações centristas, divulgação de princípios e ideologias e espaço para as celebrações de aniversários de fundação do CEC, foi transformado em um lugar de memória para lembrar e enaltecer nomes dos que fizeram parte como sujeitos monumentos. Para que esses fossem possíveis, o CEC foi motivado para ser um espaço de formação intelectual e política da juventude, e que desenvolveu lutas em favor dos estudantes e poder de influência junto à sociedade campinense, mediante o comprometimento com os problemas pelo qual passou a cidade. Destacou-se, por fim, as biografemas de alguns meninos-homens que tiveram atuações relevantes no CEC, por meio das memórias que foram construídas para os centristas, nas entrevistas e na imprensa, onde foram tecidas as imagens de líderes estudantis que propiciou suas ascensões na política paraibana posterior as suas formações nessa entidade estudantil, em que os discursos ampliaram a percepção de lugar de memória para a constituição de lideranças centristas, por meio da ideia de ser o CEC uma escola de líderes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1220709 - CHARLITON JOSE DOS SANTOS MACHADO
Interno - 2378996 - CLAUDIA ENGLER CURY
Interno - 1441691 - MARIA LUCIA DA SILVA NUNES
Externo ao Programa - 2126061 - PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
Externo à Instituição - KEILA ANDRADE HAIASHIDA
Externo à Instituição - RAMSES NUNES E SILVA