PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: NILENE MATOS TRIGUEIRO MARINHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NILENE MATOS TRIGUEIRO MARINHO
DATA: 13/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: DA CAPOEIRA ESCRAVA EM SALVADOR A UM MÉTODO NACIONAL DE ENSINO: A CAPOEIRA REGIONAL DE BIMBA EM QUESTÃO
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: escravidão; capoeira; Mestre Bimba
PÁGINAS: 216
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: A luta dos negros para restituir a sua dignidade humana perdida com a diáspora não foi fácil. Escravizados no Brasil, desde o século XVII, foram privados de manifestar a sua cultura, da convivência com a família, amigos etc. Mesmo depois da abolição, em 1888, o estigma da escravidão deixaria marcas que os perseguiria por séculos, provocando uma visão essencializada que os associava à condição de gente baixa, suja e sem habilidades sociais para a convivência humana. Esse discurso, desenvolvido pela elite branca com o apoio do Estado, foi suficiente para fundamentar a exclusão dos negros ao acesso dos bens materiais e tecnológicos que surgiam junto à urbanização das cidades brasileiras. A segregação não ocorreria sem a luta deles para estabelecer o seu espaço no interior desse processo e, para isso, utilizaram mecanismos como: a capoeira, o suicídio, as fugas constantes, os quilombos etc. Seja nos cantos de cidades, como Salvador, onde exerciam a sua função de negros de ganho, seja no interior das residências de gente abastada, ou executando serviços de transporte, de limpeza urbana, saneamento etc., o negro foi tomando o seu espaço e rompendo com a escravidão. Após a abolição, as ferramentas de luta ampliaram-se e os negros ganharam as ruas com seus batuques, danças, cantos e cores de suas vestimentas. O respectivo trabalho dedica-se à ousadia e coragem para a luta de um desses sujeitos que, com a capoeira, arregimentou dezenas de praticantes de todas as classes, cores e religiões para a sua luta, até então proibida por lei. Com a capoeira realizada em sua academia e um método próprio de ensino, fundamentado em regras claras e na consequente redução da violência, comum nas práticas de rua, Mestre Bimba aproximou a capoeira dos códigos corporais existentes nos esportes ingleses desembarcados, no Brasil, durante o século XIX. E, enquanto o Estado sentia-se sobre o controle, por acreditar ter o Mestre branqueado a capoeira, do outro lado Mestre Bimba “empretecia” os seus praticantes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6334885 - RICARDO DE FIGUEIREDO LUCENA
Interno - 252653 - FERNANDO CEZAR BEZERRA DE ANDRADE
Interno - 2506180 - JEANE FELIX DA SILVA
Interno - 1913587 - JOSEVAL DOS REIS MIRANDA
Externo à Instituição - ZULEIDE FERNANDES DE QUEIROZ
Externo à Instituição - EDILSON FERNADES DE SOUZA
Externo à Instituição - ARIZA MARIA ROCHA