PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MIRIAM ESPÍNDULA DOS SANTOS FREIRE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIRIAM ESPÍNDULA DOS SANTOS FREIRE
DATA: 22/04/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa feita em trabalho remoto- Via skipe
TÍTULO: ATUAÇÃO DE POLÍTICA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS EM ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Política Educacional. Política Curricular. Ensino Fundamental anos iniciais.
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Currículo
ESPECIALIDADE: Currículos Específicos para Níveis e Tipos de Educação
RESUMO: O movimento que propusemos nesta investigação foi o de imersão e emersão, isto é, um entendimento do entendimento (GERTZ, 2012) de uma política curricular e sua atuação por meio das atuantes no ambiente escolar. O objeto em foco neste estudo resulta de desdobramento de investigação realizada no mestrado. Elencamos a seguinte problemática: Como a política curricular do SOMA é colocada em ação pelas professoras da Rede Estadual de Ensino da Paraíba? Quais fatores tendem a influenciar mais nesta ou naquela atuação das professoras? Até que ponto a micropolítica da escola influencia na atuação da política curricular citada? Assim sendo, a investigação aborda o tema da política curricular. A unidade de análise é a proposta curricular do Soma na Rede Estadual de Ensino da Paraíba, na capital, em uma escola. O problema da pesquisa gira em torno de compreender como a política curricular do SOMA foi colocada em ação pelas professoras do ensino fundamental anos iniciais da Rede Estadual de Ensino da Paraíba? As proposições da pesquisa/ e ou Hipóteses foram: A política curricular é atuada, colocada em ação em sala de aula, contudo, assume no âmbito da micropolíticas da escola uma nova forma que não a idealizada no contexto de influência e produção de texto inicial; A atuação da política está intimamente relacionada à micropolítica da escola; A atuação envolve interesses, concepções, relações de poder, espaço/tempo e perspectiva política pedagógica das professoras, tipo de gestão e perfil de educandos. Objetivou-se analisar a atuação da política curricular do SOMA na Rede Estadual de Ensino da Paraíba, com foco numa escola na capital. Os objetivos específicos são: Analisar a Proposta Pedagógica do SOMA da Rede Estadual de Ensino da Paraíba; Observar e identificar as formas de atuação desta política curricular no contexto da micropolítica da escola; Identificar os rebatimentos desta política curricular na prática pedagógica das professoras; Analisar como a política curricular é colocada em ação. O referencial teórico, metodológico e analítico utilizado na investigação acostou-se nos estudos realizados por Stephen J. Ball e colaboradores (BALL, 1989; BALL, BOWE e GOLD, 1992; BALL, 1994; BALL, MAGUIRE e BRAUN, 2016). As ferramentas utilizadas foram a abordagem do ciclo de políticas (ACP) e atuação. A contribuição da ACP adentra no sentido de perceber que a política nos espaços-tempos pelo qual perpassa modifica os envolvidos e a si mesma e, quando adentra o espaço-tempo micropolítico também é interpretada e traduzida. A atuação da política na perspectiva da agência revela a política curricular em seu entre-lugar. A atuação é uma síntese catacrética da subjetividade dos agentes, síntese esta que se encontra fora da sentença e se coloca dentro no momento da referida atuação, posto que subverta a noção de hierarquia e verticalidade da política (BALL, 1989; BALL, BOWE e GOLD, 1992; BALL, 1994; BALL, MAGUIRE e BRAUN, 2016). Assim, a atuação da política envolve aspectos materiais, interpretativos e discursivos, os quais estão associados intrinsecamente aos pressupostos políticos pedagógicos e pessoais das professoras, atuantes privilegiadas em nossa investigação. Mas também, envolve os demais funcionários que trabalham na escola. Os funcionários e seus lugares de atuação demonstram um matrimônio um tanto quanto harmonioso, existem fronteiras que são pouco ultrapassadas no cotidiano dinâmico da escola. Existe fluxo/circularidade no ambiente. Os atuantes circulam entre os espaços quando necessário, mas sempre retornam as suas ilhas de atuação. No âmbito da micropolítica da escola, a política em sua inteireza não é percebida ou apreendida pelas atuantes, assim como a macro política não apreende toda a inteireza do ambiente escolar, as intenções em ambas as pontas são distintas, há um ruído e um interstício entre a proposição da política no que tange ao seu objetivo e a realidade vivenciada na escola. A política ainda não centra na figura das professoras como as grandes artífices e desenvolvedoras de estratégias didáticas e pedagógicas no que concerne à efetivação da política em nível micro.
MEMBROS DA BANCA: