PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCYLLAYANS KARLA DA SILVA FERNANDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCYLLAYANS KARLA DA SILVA FERNANDES
DATA: 26/02/2021
HORA: 10:00
LOCAL: https://meet.google.com/ebx-ubiy-ttx
TÍTULO: EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA BILÍNGUE: AS PRÁTICAS DOCENTES PARA A AQUISIÇÃO DAS LÍNGUAS DO SURDO NO ENSINO FUNDAMENTAL I
PALAVRAS-CHAVES: Educação Inclusiva. Política Bilíngue. Reconhecimento Linguístico. Aquisição da Libras na inclusão.
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: A presente pesquisa analisa a política da educação inclusiva pensando na efetivação da política de educação bilíngue para a pessoa surda que está incluída da rede regular de ensino, já que existem princípios que propõem a integração das diferenças na escola regular. Ainda assim, a língua de sinais não faz parte efetivamente desse ambiente, pois não existem condições necessárias para o seu desenvolvimento. O surdo, desse modo, vivencia o isolamento linguístico e o apagamento da sua identidade. Mesmo com o fortalecimento da luta pelo reconhecimento da sua diferença linguística e identitária, a pessoa surda continua isolada em sua língua, uma vez que se parte do parâmetro da normalidade ouvinte como se a Libras ocupasse, ainda, um lugar estranho e desconhecido. As Leis nº 10.436 de 2002 e nº 10.098 de 2000, do mesmo modo que o Decreto nº 5.626 de 2005, possibilitaram o reconhecimento da importância da língua de sinais para os surdos, bem como das suas diferenças linguística, cultural e de identidade cunhadas pela visão socioantropológica da surdez. Contudo, ainda existem lacunas para utilização da Libras como L1 na prática educacional e na constituição do ambiente bilíngue dentro da perspectiva legal e inclusiva na escola regular. Nesses termos, o objetivo da pesquisa é analisar a implementação da política de ensino bilíngue para o surdo na escola inclusiva. Destaca-se a Libras como língua e não como definição de inclusão, posto que o processo educacional não se resume ao acesso a informações. Assim, a Libras, enquanto língua, é o meio de expressão, comunicação e pertencimento cultural de um povo, por isso deve fazer parte do processo de aprendizagem da pessoa surda, mesmo que não determine a efetivação de um processo inclusivo bilíngue. Sob essa perspectiva, a pesquisa segue a abordagem da metodologia qualitativa recorrendo à entrevista e à observação não participante para realizar a coleta de dados. Tal fase se deu em uma escola pública do município de Canguaretama -RN e foi composta por duas professoras do Ensino Fundamental I, sendo uma da turma do 2º ano e outra do 3º ano, uma coordenadora da escola e o gestor. Ambas as professoras possuem um aluno surdo incluído na sala de aula. Com isso, foi possível verificar que as indicações da política bilíngue não estão sendo efetivadas na educação inclusiva, pois as pessoas surdas são submetidas ao ensino da L2 antes da aquisição da L1, o que ocasiona, portanto, uma falta de aprendizado da sua própria língua, além de não desenvolverem, também, o português na modalidade escrita. Ou seja, estão incluídas, mas isoladas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 268015 - EDINEIDE JEZINI MESQUITA ARAUJO
Interno - 338276 - JANINE MARTA COELHO RODRIGUES
Externo ao Programa - 1699051 - EDNEIA DE OLIVEIRA ALVES
Externo à Instituição - SHIRLEY BARBOSA DAS NEVES PORTO