PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: GILDIVAN FRANCISCO DAS NEVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILDIVAN FRANCISCO DAS NEVES
DATA: 26/08/2014
HORA: 14:30
LOCAL: PPGE
TÍTULO: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA “LUTA DO POVO DE ALAGAMAR”: experiências de vida e construção de práticas educativas em diálogo com a Educação Popular
PALAVRAS-CHAVES: Memória. Educação Popular. Práticas Educativas. Luta do Povo de Alagamar.
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: A escola não é o único espaço de construção de conhecimentos e saberes no qual os indivíduos aprendem e ensinam, existindo, assim, outros lugares, tais como os movimentos sociais, em que podem ser construídas práticas educativas. Partindo dessa premissa, nesta dissertação debruçamo-nos na “Luta do Povo de Alagamar”, movimento social ocorrido entre os anos 1975 e 1980. Neste sentido, tomamos por objeto as práticas educativas da “Luta do Povo de Alagamar”. Como problemática da pesquisa, elencamos a seguinte questão: considerando que os estudos atuais apontam para a existência de ações educativas nos movimentos sociais, de que maneira as práticas educativas construídas no âmbito da “Luta do Povo de Alagamar” dialogam com uma perspectiva de Educação Popular? No tocante aos objetivos da pesquisa, elegemos como objetivo geral analisar, a partir das experiências dos trabalhadores rurais que vivenciaram a ação, as práticas educativas construídas na “Luta do Povo de Alagamar”. No que se refere aos objetivos específicos apontamos: compreender como ocorre à construção de práticas educativas no interior dos movimentos sociais; contextualizar a “Luta do Povo de Alagamar” para poder ressignificar a memória do movimento social em estudo; e, analisar como as ações de resistência desenvolvidas pelos trabalhadores rurais no âmbito do referido movimento social se constituíram como um espaço de construção de práticas educativas na perspectiva da educação popular. Para a elaboração desta pesquisa situamo-nos teoricamente na História Social, campo teórico que se propõe a trabalhar com a história e memória de indivíduos que não foram contemplados pela historiografia tradicional. Nessa corrente teórica, apropriamo-nos do conceito de experiência em Thompson (1987,1998). Além desse conceito, recorremos, também, aos de memória em Bosi (1994), Halbwachs (2006), Le Goff (2012) e Nora (1993), educação popular em Carrillo (2007) e Freire (1967, 2011), dentre outros, e, movimentos sociais em Batista (2007) e Kauchakje (2007). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa na perspectiva da História Oral, em sua modalidade temática, em que trabalhamos com os depoimentos de dois trabalhadores rurais, sendo respectivamente um homem e uma mulher, e da pesquisa documental para analisar os documentos aos quais tivemos acesso, a saber: cordéis, jornais impressos, Informativo Arquidiocesano, n.82, de Janeiro/Fevereiro de 1980, a Quinta Carta Pastoral de Dom José Maria Pires e, fotografias que estão disponíveis no acervo on-line da Fundação Joaquim Nabuco. Tais fontes nos permitiram visualizar aspectos da memória e da história do referido movimento social, bem como das trajetórias e experiências de seus partícipes o que contribuiu para a leitura e análise do nosso objeto de estudo. Observamos que a “Luta do Povo de Alagamar” se constituiu como um espaço de construção de práticas educativas em que a partir de suas experiências e vivências, os trabalhadores rurais, em diálogo com agentes externos, educaram-se mutuamente em uma perspectiva da Educação Popular.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1160748 - LUIZ GONZAGA GONCALVES
Externo à Instituição - PATRICIA CRISTINA DE ARAGAO ARAUJO
Presidente - 338352 - SEVERINO BEZERRA DA SILVA