PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: SOLANJA SILVA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SOLANJA SILVA COSTA
DATA: 28/09/2015
HORA: 09:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: EM TORNO DO BERÇO”: DISCUSOS SOBRE A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA POBRE PARAHYBANA NO JORNAL A IMPRENSA (1912 -1922)
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Infância. Discurso. Jornal A Imprensa.
PÁGINAS: 154
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Esta dissertação tem por objetivo investigar os discursos direcionados à educação da infância pobre, veiculados no Jornal A Imprensa, entre os anos de 1912 a 1922. O interesse é compreender a ideia de infância, como a mesma era educada e quais os sentidos a ela atribuídos na sociedade paraibana, elucidando as expectativas sociais e procurando construir interfaces entre os saberes educacionais ligados à escolarização, ao assistencialismo, ao higienismo e à moral da infância pobre. Também se investigou as relações, rupturas e permanências entre os discursos direcionados à educação da infância pobre, bem como os lugares sociais de onde eles partiram. Como referencial teórico-metodológico desta pesquisa foram adotadas as chamadas “ferramentas focaultianas”, principalmente àquelas que nos ajudam a compreender as relações de poder e de saber que enredam as produções discursivas e as verdades nelas veiculadas. As análises apontam que a infância pobre, no período de 1912 a 1922, foi significada, pelos discursos presentes no jornal A Imprensa pelo viés enunciativo da escolarização, do assistencialismo, do higienismo e da moral, interpretados como dispositivos essenciais para uma formação mais ampla desse sujeito, condição considerada primordial para que este se tornasse um cidadão civilizado e produtivo para a sociedade. Para se alcançar tal formação, os sentidos atribuídos à infância pobre paraibana no discurso da escolarização previa a obrigatoriedade do Estado com a educação da infância; no discurso assistencialista a centralidade era a urgência do poder público em atender as demandas da assistência caritativa da população para esta se manter na escola; o discurso higienista produziu a infância desvalida e doente, que deveria ser higienizada e regenerada; finalmente o discurso moral produziu uma infância indigente tomando como parâmetros a distância entre os padrões de conduta estabelecidos pela sociedade da época. São discursos produzidos nas lutas travadas pelas relações de poder, saber e verdade, os quais, ao mesmo tempo que incluíam a infância pobre, também promoviam sua exclusão, deixando marcas profundas no modo de pensar e de organizar a educação.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 640.188.494-00 - IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA - UFCG
Presidente - 1285790 - MARIA DO SOCORRO NOBREGA QUEIROGA
Externo à Instituição - MATHEUS DA CRUZ E ZICA