PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: GENES DUARTE RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GENES DUARTE RIBEIRO
DATA: 16/05/2017
HORA: 14:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: A PROFESSORA DA NAÇÃO: A FESTA CÍVICA E AS ESCOLAS NA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Festas Cívicas. Imprensa. Escolas paraibanas. República Velha. Era Vargas. Regime Militar.
PÁGINAS: 228
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Neste trabalho, analisamos algumas festas civicas que foram idealizadas, organizadas e realizadas na Paraiba em tres momentos da historia brasileira denominados classicamente pela historiografia politica: Republica Velha (1889 - 1930), Era Vargas (1930 - 1945) e Regime Militar (1964 - 1985). Nesse sentido, o nosso argumento de tese se baseia no entendimento de que mesmo nao tendo sido o regime republicano que tenha dado inicio as Festas Civicas, consideramos que em diferentes momentos, como nenhum outro regime, soube promover e promover-se pelas festas a partir dos usos de varios elementos tais como: os espacos coletivos; objetos simbolicos; conteudos historicos; regras e normas; valores, crencas e as atividades escolares. Neste caminho, juramentos, hasteamentos e arriamentos da bandeira nacional e estadual, ensaios de cantos patrioticos, os chamados prestitos civicos, discursos e apresentacoes teatrais nas escolas imbricados, nao raras vezes com as celebracoes e sentimentos religiosos se constituiram em “aulas” que foram forjadas nos projetos politicos e discursos educacionais dos periodos mencionados. Assim, o nosso objetivo foi investigar as intencoes pedagogicas das festas civicas que visavam (e ainda visam!) atingir toda a sociedade por meio das escolas, ao inculcar nelas valores e sentidos a serem festejados. A metafora usada da festa civica como professora da nacao (OZOUF, 1976) foi bastante produtiva no sentido de nos ajudar a analisar o nosso objeto de pesquisa. Nesse sentido, foi possivel averiguar as intencoes de ensinar, instruir e moldar “mentes e coracoes” dos cidadaos brasileiros e especialmente paraibanos. Utilizamos como fontes documentais especialmente os jornais que circulavam e alguns deles ainda circulam na Paraiba. E importante salientar que, especialmente o Jornal A Uniao era porta-voz oficial do governo estadual. Para alem dos jornais tambem consultamos algumas revistas, anuarios, almanaques, leis, regulamentos, atas e mensagens oficiais elaboradas pelos governadores e encaminhadas a Assembleia Legislativa paraibana. As fotografias, ordinariamente publicadas nos periodicos consultados foram de grande importancia para procedermos as discussoes deste trabalho de tese. Do ponto de vista teorico e metodologico conduzimos a problematizacao nos pautando no conceito de representacao elaborado por Chartier (1990) e, ao mesmo tempo, procuramos dialogar com estudos classicos e recentes concernentes a Historia da Educacao alem de ter me apropriado da historiografia concernente aos tres periodos acima mencionados. Consorciado a ideia de representacao entendemos que as festas civicas, inscritas nos calendarios escolares, sao manifestacoes socio culturais e politicas que terminaram por urdir “tradicoes inventadas” (HOBSBAWN, 1997) e serviram (e ainda servem!) como “instrumentos de poder” e de construcao da “memoria coletiva”, conforme nos indica Le Goff (2003). Pensamos ainda que tal construcao foi permeada pelas “mitologias politicas” (GIRARDET, 1987) acessadas simbolicamente ou representativamente no sentido de envolver a sociedade a partir de momentos de comemoracionismo e de liturgias civicas. (CATROGA, 2005). Enfim, afirmamos que as Festas Civicas objetivavam para alem de momentos de entretenimento e descontracao, pois, pretendia-se criar novos modelos de cidadao republicano e contribuir para a propaganda politica em torno da nacao e do Estado integrados ao calendario escolar e consequentemente, no processo pedagogico dos professores e alunos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337339 - ANTONIO CARLOS FERREIRA PINHEIRO
Externo à Instituição - ANTONIO CLARINDO BARBOSA DE SOUZA
Interno - 2378996 - CLAUDIA ENGLER CURY
Interno - 640.188.494-00 - IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA - UFCG
Externo à Instituição - WALDECI FERREIRA CHAGAS