PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
32167063/7063

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA JACY CAJU DO EGITO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA JACY CAJU DO EGITO
DATA: 18/12/2020
HORA: 09:30
LOCAL: João Pessoa
TÍTULO: MATERIAL ALCALINAMENTE ATIVADO (MAA) DE METACAULINITA SINTETIZADO A PARTIR DAS ESPÉCIES ALCALINAS DO TIPO SÓDIO E POTÁSSIO
PALAVRAS-CHAVES: Ativação alcalina,Geopolimero, Metacaulim
PÁGINAS: 129
RESUMO: Consequências negativas sobrevindas ao meio ambiente devido à emissão de CO2 têm feito com que, nos últimos anos, pesquisas sejam desenvolvidas pela busca de novos materiais que venham a restringir tal problemática. No campo dos materiais cimentícios, destacam-se os materiais alcalinamente ativados (MAA). Estes têm se mostrado uma alternativa economicamente viável que pode vir a contribuir para a redução do impacto ambiental da construção em geral. A matéria prima para a produção deste material deve ser rica em sílica e alumina na forma amorfa. Em geral, são utilizadas pozolanas naturais, argilas ativadas termicamente, como metacaulinita (MK), resíduos industriais, como cinzas volantes, escória de alto forno e outros. Neste trabalho, optou-se pela metacaulinita por se tratar de material disponível localmente, de relativamente fácil obtenção e baixo custo de produção. A eficiência da ativação depende da composição química e mineralógica da matéria prima, assim como da das razões molares dos componentes e das condições de cura. Definiu-se como ativadores alcalinos os hidróxidos e silicatos de sódio e de potássio. Já existem trabalhos nesse campo, porém aqui procurou-se estudar a formação de espécies silico-aluminosas do (MAA) em temperaturas de cura de 38,5oC e 50oC, inferiores às indicadas comumente, e molaridade dos ativadores alcalinos igual a 8, que corresponde a cerca de metade do que é considerado “ideal” pela literatura. Isto para se reduzir os custos energéticos dos produtos químicos. Foi avaliado o comportamento dos MAA quando submetidos à cura térmica nas temperaturas indicadas por períodos de 3, 7, 28, 56 e 91 dias. Os MAA’s gerados foram pulverizados e caracterizados por ensaios físico-químicos utilizando técnicas de difração e fluorescência de raio X (DRX e FRX), assim como por ensaios termográficos, espectroscopia na região do infravermelho (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e microscopia eletrônica por varredura (MEV). Além destes, o desempenho mecânico dos MAA’s foi obtido em ensaios de resistência à compressão, cujos resultados foram analisados estatisticamente através da ANOVA. Os resultados permitiram conhecer as características físico-químicas e microestrutural dos produtos, bem como seu processo de reação. Na espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier foi possível identificar o potencial reativo das amostras. Os resultados de resistência à compressão foram trabalhados a partir da influência dos ativadores alcalinos (NaOH e KOH); das distintas temperaturas (38,5°C e 50°C); do tempo de cura nas idades de 3, 7, 28, 56 e 91 dias e indicaram que não houve diferenciação na variabilidade das resistências com relação aos ativadores alcalinos utilizados. Na resistência associada à temperatura, os resultados alcançados na temperatura 50 ºC foram superiores a de 38,5 ºC. Por fim, levando em consideração os tempos de cura, é perceptível que à medida que ele aumenta, a resistência dos produtos tende a diminuir. Neste contexto, os MAAs desenvolvidos se apresentam como produtos que têm potencial para serem usados na construção civil, com a vantagem de poderem ser elaborados com menor massa, baixa temperatura, em menor tempo de cura e com um precursor de fácil acesso e abundante tornando-se, assim, um produto menos agressivo ao meio ambiente.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1705877 - RICARDO PEIXOTO SUASSUNA DUTRA
Externo ao Programa - 1731152 - KELLY CRISTIANE GOMES DA SILVA
Externo à Instituição - THIAGO DA SILVA ALMEIDA