PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: RAYANE KAROLINE MELO DINIZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANE KAROLINE MELO DINIZ
DATA: 15/12/2020
HORA: 10:00
LOCAL: meet.google.com/bsj-eowa-iia
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO E ESTUDO DO PONTECIAL DO RESÍDUO DE GESSO PARA FABRICAÇÃO DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL)
PALAVRAS-CHAVES: Resíduo de gesso, Gesso Acartonado, DRYWALL, Reciclagem, Sustentabilidade.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
SUBÁREA: Materiais Não-Metálicos
ESPECIALIDADE: Cerâmicos
RESUMO: A gipsita é um mineral industrial produzido mundialmente e nos últimos anos sua movimentação foi em torno de 260 milhões de toneladas (Mt). O Brasil está entre os 20 maiores produtores do mundo, sendo o maior da América do Sul com produção de cerca de 2,1 Mt. Estima-se que nas regiões de maior consumo, a geração de resíduos de gesso supera a marca de 15 milhões de toneladas, os quais são despejados em aterros sanitários. Além disso, há muitos impactos ambientais, tais como: devastação de matas com o uso de lenha, poluição do ar, o seu descarte inadequado que quando em contato com a água, juntamente com condições aeróbicas e presença de bactérias redutoras de sulfato, resulta em sulfurização dos solos e contaminação dos lençóis freáticos, produção de gases tóxicos gerando grande pressão no meio ambiente. Diante disso, viu-se a necessidade de alterar a classificação dos resíduos de gesso como Classe C – não existência de tecnologias ou aplicações economicamente viáveis para sua reciclagem ou recuperação (Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA Resolução 307/2002), para Classe B – resíduos que podem ser reciclados para outras destinações. Desta maneira, este trabalho se propõe a investigar uma nova alternativa para o reaproveitamento dos resíduos de gesso, a partir da produção de um Mínimo Produto Viável (MVP) – placas de gesso (drywall) – analisando as suas propriedades físicas, mecânicas e microestruturais. As matérias primas foram adquiridas no mesmo local, tanto o gesso comercial e o resíduo de gesso. O resíduo passou por cominuição e processado em moinho de discos. Os pós foram caracterizados por FRX, DRX e granulômetro à laser. O FRX revelou a porcentagem de SO3 e CaO, os quais possuem limites determinado pela norma. O DRX nos revelou as fases presentes tanto qualitativamente como quantitativamente, indicando a qualidade do material que resultou os resíduos como também do processo de hidratação. A granulometria auxiliou na determinação da razão a/g para confecção das placas que tiveram como variáveis: espessura de 9,5 e 15,0 mm, pressão na moldagem de 0 e 70kg, e temperatura de cura à 25°C e 50°C. As diferentes placas foram analisadas de acordo com suas características geométricas e visuais, densidade superficial, resistência à ruptura na flexão e MEV/EDS. As características geométricas e visuais expuseram o caráter de retração, o qual foi associado ao surgimento de defeitos e influência na interface papel kraft/gesso cola/matéria prima. A densidade superficial nos indicou o quanto a granulometria do grão pode influenciar esta característica, como também na resistência à flexão. Na análise do MEV/EDS, foi observado a interface e sua adesão, a microestrutura do resíduo de gesso assemelhando-se à do gesso comercial, e também nos indicou a concentração dos componentes ao longo das placas, principalmente de enxofre (S) e cálcio (Ca), os quais são os principais elementos da composição de gesso e gipsita. Todos estes resultados indicam a possibilidade de reaproveitamento dos resíduos de gesso com baixo gasto energético.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1160815 - MARCAL ROSAS F LIMA FILHO
Interno - 1737199 - LISZANDRA FERNANDA ARAUJO CAMPOS
Externo ao Programa - 6338008 - ANTONIO FARIAS LEAL
Externo ao Programa - 3581068 - SANDRO MARDEN TORRES