PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: THIAGO DA SILVA ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO DA SILVA ALMEIDA
DATA: 21/08/2015
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Multimídias do CCJ
TÍTULO: MICROESTRUTURA DOS GÉIS DA REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO EM CONDIÇÕES ACELERADAS
PALAVRAS-CHAVES: Reação Álcali-Agregado, Síntese, Géis de RAA, Microestrutura.
PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
RESUMO: :Na área da patologia de concreto, diversos mecanismos são responsáveis pela apresentação de quadros fissuratórios. Seja por fenômenos mecânicos, eletroquímicos ou geoquímicos, o aparecimento de fissuras é bastante comum em diversas estruturas. Porém, dentre os vários processos que podem provocar a fissuração excessiva, destacam-se a corrosão de armaduras, o ataque por sulfatos intrínsecos ou extrínsecos (etringita). A reação álcali-agregado (RAA), por sua vez, tem alcançado destaque recentemente, principalmente pelas atribuições dadas para edificações na cidade de Recife com danos severos à estrutura. Esse fenômeno é bastante complexo, embora o conhecimento científico em torno do tema seja abundante, a Norma Brasileira é recente. Conhecida há mais de 60 anos no meio técnico, sabe-se que essa reação é geralmente lenta e envolve os álcalis, provenientes do cimento, e certos constituintes mineralógicos dos agregados. O produto desta reação é um gel higroscópico, que, em contato com a água, aumenta de volume consideravelmente, que além de provocar um processo fissuratório nas estruturas de concreto, gera também o desencadeando de outras manifestações patológicas devido à entrada de agentes agressivos que se difundem pelas fissuras. Desta forma, diversos ensaios acelerados têm sido usados para o diagnóstico da susceptibilidade de agregados em todo o mundo. Na prática, é comum se observar a ocorrência de resultados conflitantes, gerando falsos negativos em alguns casos. Nesse sentido, ainda há necessidade de se aprofundar os conhecimentos sobre os efeitos das condições de ensaios acelerados na microestrutura, termodinâmica e cinética da reação formadora dos géis de RAA. Assim esse trabalho visa sintetizar em condições controladas de laboratório géis de RAA a partir de agregados de natureza amorfa (pirex) e cristalina (britas graníticas), através da evolução das características microestruturais dos géis, variando-se a temperatura, a molaridade e o tipo de álcali. Para produção dos géis de RAA foram usados o pirex e três agregados graníticos, misturados com soluções de NaOH a 1M e 3M, KOH e a mistura de NaOH e KOH ambas a 3M e deixas em processo de reação nas temperatura de 20°C, 40°C, 60°C e 80°C até 28 dias, durante esse processo de reação o pH das soluções foram monitorados. Após o processo de reação todas as matérias primas e géis de RAA produzidos passaram por uma caracterização microestrutural avançada fazendo-se o emprego de técnicas como: FRX, MEV, DRX, FTIR e TGA/DTA. Os resultados mostraram que tanto o aumento da temperatura, quanto o da molaridade aceleram a cinética de reação para formação de géis de RAA, sendo que o aumento da molaridade contribuiu de forma mais significativa. Os DRX indicaram transformações de fases tanto no sistema amorfo quanto no cristalino e surgimento de novas fases cristalinas ricas em sódio (Trona, Natron e Termonatrite). No sistema cristalino foi possível constatar que a fase que mais contribuiu para formação de géis de RAA foi a mica, e que britas ricas em micas do tipo Muscovita são mais reativas que britas ricas em micas do tipo Biotita. O FTIR e as análises térmicas mostraram que as britas ricas em mica do tipo Muscovita não só são mais reativas, mas também contribuem para formação de géis com mais água combinada na sua estrutura. Com relação ao tipo de álcali os resultados mostraram que o tipo de álcali influencia não só no tipo de gel formado, como também na quantidade de gel produzido, onde sistemas contendo álcalis do tipo K apresentaram uma maior capacidade de produção de géis de RAA quando comparado com sistemas com álcalis do tipo Na ou a mistura de Na e K. Os resultados mostraram também que géis de RAA formados em soluções alcalinas com a presença de Na e K apresentaram mais água combinada na sua estrutura, quando comparados com os géis produzidos a partir de soluções com álcalis de Na e K separadamente.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 6338008 - ANTONIO FARIAS LEAL
Interno - 035.652.824-36 - MARÇAL ROSAS FLORENTINO LIMA FILHO - UFPB
Externo à Instituição - ROMUALDO RODRIGUES MENEZES
Presidente - 2581068 - SANDRO MARDEN TORRES