PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS (PPgDITM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: HUMBERTO HUGO NUNES DE ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUMBERTO HUGO NUNES DE ANDRADE
DATA: 02/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/pce-bjdw-uck
TÍTULO: Estudo não clínico do mecanismo de ação e atividade antinociceptiva e antiinflamatória do álcool cinâmico.
PALAVRAS-CHAVES: Nocicepção, Fenilpropanoide, Modelo animal, Óleo essencial, Estudos in silico.
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A Dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada um dano real ou potencial ao tecido. O componente fisiológico da dor é chamado nocicepção, que é a detecção da lesão tecidual por transdutores especializados ligados a fibras dos nervos periféricos as quais transmitem sinais ao sistema nervoso central. No Brasil a prevalência de dor (aguda e/ou crônica) varia de 23,02 a 76,17%. O tratamento farmacológico para o controle da dor é composto, basicamente, por analgésicos periféricos, fármacos adjuvantes e analgésicos de ação central, que derivaram da fitoterapia. O uso de plantas e seus derivados com finalidades terapêuticas têm ocorrido de forma extensiva e crescente em todo o mundo. Dentre os produtos de origem natural, destacam-se os óleos essenciais, que são misturas de produtos químicos voláteis extraídos de plantas. Os principais constituintes químicos existentes nos óleos essenciais são os monoterpenos e fenilpropanoides. O álcool cinâmico (AC) é um fenilpropanoide encontrado na casca de Cinnamomum verum J.Presl (canela). No presente estudo foi avaliado o efeito antinociceptivo do AC em modelos de nocicepção in vivo e por meio de estudos in sílico e o possível envolvimento das vias do glutamato, oxido nítrico e TRPV1. Métodos: inicialmente, camundongos Swiss machos (Mus musculus) foram tratados intraperitonealmente com AC nas doses de 6,25 mg/kg, 12,5 mg/kg e 25 mg/kg. Resultados: O AC não causou comprometimento motor nos animais no teste do rota rod. Quanto ao efeito antinociceptivo e anti-inflamatório, o AC inibiu as contorções abdominais induzido por ácido acético, em todas as doses testadas, bem como o comportamento nociceptivo induzido por formalina, na primeira fase (neurogênica) e na segunda fase (inflamatória). O AC apresentou uma boa interação com a enzima celecoxibe2 (COX2) no estudo de docking molecular. O AC apresentou atividade antinociceptiva no teste do glutamato, corroborando com o resultado in sílico, onde houve interação do AC com o receptor glutamatérgico NMDA, também foi eficaz em atenuar a nocicepção térmica, no teste da placa quente e inibir a nocicepção no teste da capsaicina, sugerindo uma participação do canal TRPV1. O AC também foi capaz de reduzir a expressão de óxido nítrico (método de Griess). Conclusão: O AC apresenta efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios. Os efeitos antinociceptivos estão associados à antagonização dos receptores NMDA, TRPV1 e diminuição do óxido nítrico, o efeito anti-inflamatório está associado a antagonização da COX2.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
Interno - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Externo ao Programa - 2211713 - JOAO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
Externo à Instituição - FRANKLIN FERREIRA DE F NOBREGA
Externo à Instituição - RENAN MARINHO BRAGA