PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM JORNALISMO (PPJ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIANA BANDEIRA MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA BANDEIRA MORAIS
DATA: 03/03/2022
HORA: 16:00
LOCAL: meet.google.com/hhj-mtuw-qpu
TÍTULO: “DEIXA ELA TRABALHAR” - AS JORNALISTAS NA COBERTURA ESPORTIVA PARAIBANA
PALAVRAS-CHAVES: Jornalismo Esportivo; Violência de gênero; Mulheres no Jornalismo
PÁGINAS: 99
RESUMO: Mesmo sendo maioria entre os profissionais do jornalismo, as mulheres são minoria em alguns nichos editoriais, como política, polícia e esportes. A cobertura esportiva paraibana repete a tendência nacional de prevalência dos profissionais do sexo masculino nas equipes que produzem e veiculam o jornalismo esportivo. Este trabalho conta com relatos da autora e de mais cinco jornalistas de diferentes gerações, escolhidas por exercerem ou terem exercido alguma das funções do ofício em rotinas produtivas de emissoras de televisão do estado. Os relatos apontam a discriminação e o preconceito que as mulheres ainda vivenciam quanto atuam no jornalismo esportivo contam também as estratégias colocadas em prática pelas mulheres para superação e permanencia no campo esportivo do jornalismo e também as desistênias. A violência de gênero se materializa em constrangimentos de cunho sexual e moral; violência psicológica com questionamentos às suas capacidades, competências e domínio sobre as pautas especializadas do segmento; imposições sobre modos de vestir e se apresentar, como pitacos sobre a cor dos cabelos, a maquiagem e a roupa; diferença salarial e oportunidades de crescimento profissional. As entrevistas foram analisadas a partir de uma percepção de gênero e se constatou semelhanças recorrentes nas experiências de violência vividas pelas jornalistas, quase como uma praxe, que afeta a saúde mental da profissional e que a faz considerar outras alternativas de atuação, quando não provoca, de fato, o distanciamento em relação ao segmento mostrando que é preciso. A violência sofrida pelas mulheres no exercício profissional não tem uma única origem, colegas de redação, chefes, patrões, fontes e até transeuntes são os protagonistas da misoginia sofrida, demonstrando que esse debate/ denúncia deve ser considerado pelas organizações políticas da categoria, pela academia e por toda sociedade a fim de se construir uma sociedade mais democrática e justa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337177 - GLORIA DE LOURDES FREIRE RABAY
Interno - 1063236 - PATRICIA MONTEIRO CRUZ MENDES
Externo ao Programa - 1984823 - MARGARETE ALMEIDA NEPOMUCENO