PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: BRUNA NADIELY VICTOR DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA NADIELY VICTOR DA SILVA
DATA: 26/02/2021
HORA: 10:00
LOCAL: https://meet.google.com/emz-faau-kbq
TÍTULO: Avaliação da Disautonomia na Doença de Parkinson
PALAVRAS-CHAVES: Disautonomia, Doença de Parkinson, Sintomas não-motores
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Fisiológica
RESUMO: Os sintomas de disautonomia são queixas não-motoras frequentes na Doença de Parkinson, mesmo nas fases precoces da doença, com impacto negativo na qualidade de vida. Objetiva-se com o presente estudo: caracterizar o perfil de disautonomia dos indivíduos com DP atendidos no HULW; tecer comparações entre grupos de pacientes, os quais foram segregados pelo escore do Hoen-Yarh modificado, tempo de doença, e dose total de levodopa diária. Os indivíduos foram submetidos a uma avaliação clínica neurológica, aplicação de questionário sócio-demográfico, Hoen-Yarh modificado e SCOPA-AUT. A coleta de dados iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HULW (CAAE 24825019.4.0000.5183 / Parecer nº 3.787.768). Os dados foram avaliados através do SPSS, utilizando o teste de Mann-Whitney, considerando o nível de significância p < 0,05. Foram recrutados 27 indivíduos, dos quais sete foram removidos após aplicar os critérios de exclusão. O sintoma de disautonomia mais frequente foi noctúria (90%). Os domínios mais acometidos foram: urinário e gastrintestinal, com 100% dos indivíduos relatando pelo menos um sintoma de cada, sendo que a maioria teve 04 domínios acometidos (45%). A quantidade média de sintomas presentes entre os entrevistados foi de 11,05 (4-17, desvio-padrão 0,94). A pontuação média do SCOPA-AUT foi de 21,85 (6-40, desvio-padrão de 9,06). A comparação entre grupos, de acordo com o escore do Hoen-Yarh modificado, mostrou diferença significativa entre os grupos com pontuação até 2 e a partir de 2,5 apenas para a dose diária total de levodopa (U = 22,50, z = -2,06, p = ,047). Não houve diferença estatística significativa para as variáveis: idade, tempo de doença e pontuação no SCOPA AUT. Houve diferenças significativas entre os grupos (dose de levodopa ≤ 400 mg e > 400 mg) em relação à quantidade de sintomas de Disautonomia para os sintomas ortostáticos (U = 21, z = -2,189, p = 0,039); gastrintestinais (U = 13,5, z = -0,2731, p = 0,005); e sexuais (U = 0,5, z = -2,438, p = 0,012). A disfunção autonômica é um problema clinicamente relevante e generalizado na DP, podendo ocorrer mesmo em fases precoces, e sem um padrão definido de acometimento, o que reforça a necessidade de pesquisar e tratar adequadamente esses sintomas não dopaminérgicos durante todo o curso da doença, proporcionando melhoria na qualidade de vida.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347318 - NATANAEL ANTONIO DOS SANTOS
Interno - 1140014 - MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
Externo à Instituição - RONALDO BEZERRA DE QUEIROZ