PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELA MARCOLINO MACHADO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELA MARCOLINO MACHADO
DATA: 10/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 404B
TÍTULO: CONCEPÇÕES SOBRE O PRIMEIRO ANO DE VIDA DO BEBÊ: REDES DE APOIO E FONTES DE INFORMAÇÕES PARENTAIS
PALAVRAS-CHAVES: Concepções parentais; primeiro ano de vida; fontes de informação; redes de apoio
PÁGINAS: 180
RESUMO: As concepções parentais sobre o desenvolvimento infantil influenciam a interação pais-bebês e estão relacionadas, dentre outros fatores, às informações que os pais buscam ou recebem desde a gravidez e nos primeiros anos de vida do bebê. A partir de uma perspectiva contextual, reconhece-se que o desenvolvimento humano é um processo cultural, portanto, deve ser compreendido a partir das práticas, dos ambientes e das circunstâncias culturais de um determinado grupo social, os quais constantemente se modificam (Bronfenbrenner, 1996; Harkness & Super, 1996; Rogoff, 2005). Este estudo tem como objetivo geral investigar as concepções maternas e paternas sobre o desenvolvimento no primeiro ano de vida do bebê, enfatizando as fontes de informações parentais e como estas são avaliadas pelos pais. Para tal, estão sendo realizados dois estudos: o estudo 1 tem como objetivo compreender as concepções paternas e maternas sobre o desenvolvimento infantil, buscando conhecer as redes de apoio utilizadas pelos pais no primeiro ano de vida da criança. A pesquisa teve um delineamento transversal, na qual participaram 74 casais primíparos com filhos de 3, 6, 9 ou 12 meses, de nível instrucional entre ensino médio incompleto e pós-graduação, moradores da cidade de João Pessoa (PB) e região metropolitana. A idade dos participantes variou entre 21 e 41 anos. Foram utilizados um questionário sociodemográfico e duas entrevistas semiestruturadas: a primeira acerca do desenvolvimento infantil e das redes de apoio e a segunda sobre fontes de informações parentais. Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. O estudo 2 abrange uma pesquisa do tipo documental, com o objetivo de avaliar os conteúdos e as informações dos sites, blogs, aplicativos, livros e revistas acerca da maternidade e do desenvolvimento infantil, que foram indicados pelos casais do estudo 1. Foram analisados até o momento os dados das entrevistas de 40 casais cujo as mães têm ensino superior incompleto ou completo. Os resultados parciais serão apresentados em dois eixos temáticos: Concepções parentais acerca do desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida e Fontes de informações parentais. Em relação ao primeiro eixo, ao falarem sobre os seus filhos, os participantes evidenciaram aspectos: da rotina, afetivos, do temperamento, da gravidez, das habilidades dos filhos, das dificuldades enfrentadas e, em relação à primiparidade. Sobre à rede de apoio social, as mães citam suas mães (80%), os seus maridos (62,5%) e suas sogras (22,5%). Já entre os pais estão, suas sogras (60%), suas esposas (47,5%) e suas mães (40%). Foi considerado mais difícil pelos participantes, o cansaço e renúncia e por não conseguirem conciliar suas atividades com as necessidades dos filhos. O mais gratificante para eles foi o sorriso do bebê (45%) e a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento do filho (32,5%). Sobre os fatores que influenciam o desenvolvimento infantil estão a interação social (51,2%); o ambiente familiar (42,5%) e os aspectos emocionais (30%). No que se refere ao segundo eixo, as fontes de informações mais utilizadas pelos participantes foram: os profissionais de saúde (96,2%); sites (83,7%) e familiares (82,5%). Os tipos de informações mais procuradas são sobre: a saúde do bebê, os cuidados e rotinas com o bebê, a alimentação e, por fim acerca das aquisições de habilidades infantis. Tais informações auxiliam na autonomia, na comparação de informações, através da possibilidade de utilizar multiplataformas (23,7%) e nas tomadas ou mudanças de decisões das práticas diárias (21,2%). Por fim, os pontos positivos das fontes de informações são: a aquisição de conhecimento (43,7%); o auxílio para tirar dúvidas quando necessário (27,5%); a praticidade de adquirir informações rapidamente (16,2%). E os negativos são a falta de confiança nas informações (36,2%) e o excesso de padronização das informações (32,5%). Espera-se no final deste estudo compreender as concepções de pais primíparos sobre o desenvolvimento infantil e as novas configurações das fontes de informações que auxiliam o início da parentalidade, considerando que estes dados são importantes para elaboração de programas de orientação de pais, mães e profissionais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - LUCIVANDA CAVALCANTE BORGES DE SOUSA