PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LEILANE CRISTINA OLIVEIRA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEILANE CRISTINA OLIVEIRA PEREIRA
DATA: 30/03/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Multimídia - CCHLA
TÍTULO: O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL A PARTIR DA PRODUÇÃO E DOS DISCURSOS DE PSICÓLOGOS
PALAVRAS-CHAVES: Acolhimento Institucional; Psicologia, Discurso, Verdade, Análise crítica do discurso.
PÁGINAS: 230
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Papéis e Estruturas Sociais; Indivíduo
RESUMO: A presente tese tem como objetivo analisar o acolhimento institucional a partir da produção científica e dos discursos dos profissionais de psicologia que atuam nas instituições de acolhimento. Acolhimento institucional é um tipo de medida protetiva que pode ser tomada em situação de violência contra crianças e adolescentes. A psicologia está inserida como equipe técnica das instituições de acolhimento de crianças e adolescente e devem produzir relatórios trimestralmente sobre os casos de acolhimento de forma a contribuir com a análise judicial dos casos, além de atuar, cotidianamente, juntos aos acolhidos. Pressupoe-se que: a produção científica da psicologia sobre acolhimento é principalmente feita e dirigida a acadêmicos, é impulsionada por novas legislações; a atuação da psicologia nas instituições de acolhimento é modelada pela construção histórica da profissão e dos modelos de assistência à infância e dos discursos que são formulados e sustentam esses modelos de psicologia e assistência; e que a psicologia atua respaldando a valorização das instituições de acolhimento e culpabilizando as famílias pobres das crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente. Partindo-se dos pressupostos apresentados, defende-se a tese de que a psicologia, em sua produção científica e atuação nas instituições de acolhimento, está fixada ao discurso materno, atuando para garantir direitos e atualizando discursos de assujeitamento da infância pobre. Para tal, elegeu-se como categorias teóricas, construídas com base na teoria foucaultiana, discurso e verdade. O estudo 1 tratou-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo cientometria com vista a cumprir o primeiro objetivo. Foram utilizados como descritores de busca nas bases de dados o termo “abrigo”, para as publicações entre 2005 e 2010, e o termo “acolhimento institucional”, para as publicações entre 2010 e 2017, nas bases de dados SciELO e Portal de Periódico CAPES/MEC. Foi realizada estatística descritiva como análise de dados. O estudo 2, com vista a cumprir os demais objetivos específicos, foi realizado através da análise crítica do discurso de entrevistas com 6 profissionais de psicologia que atuam em instituições de acolhimento. Segundo as características estabelecidas no método para o estudo 1, foram identificadas 54 publicações, sendo 18 artigos com o termo “abrigo” e 36 artigos com o termo “acolhimento institucional”. Observou-se que, em sua maioria, os artigos foram publicados por mulheres com formação em psicologia, ligadas a instituições de ensino federais das regiões Sul e Sudeste do Brasil e possuíram financiamento público. A maior parte das publicações envolveu entrevistas com crianças e adolescentes acolhidos e foi impulsionada por mudanças na legislação. Os resultados do estudo 2 apontam que: a atuação da psicologia nas instituições de acolhimento é impactada pelo processo de feminilização do trabalho; a psicologia atua garantindo direitos; a atuação da psicologia nas instituições de acolhimento colabora na atualização das formas de assujeitamento da infância pobre; e os psicólogos que atuam em instituições de acolhimento consideram que a formação que recebeu os preparou para a atuação clínica. A partir dos resultados, conclui-se que a tese foi corroborada a psicologia, em sua produção científica e atuação nas instituições de acolhimento, está fixada ao discurso materno, atuando para garantir direitos e atualizando discursos de assujeitamento da infância pobre. Nas instituições de acolhimento, a psicologia é fixada ao discurso materno além de sofrer impactos do processo de feminilização da profissão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Interno - 337973 - ANISIO JOSE DA SILVA ARAUJO
Interno - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Externo ao Programa - 1700164 - NELSON GOMES DE SANT ANA E SILVA JUNIOR
Externo ao Programa - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Externo à Instituição - ILANA PAIVA DE LEMOS
Externo à Instituição - ANA CRISTINA SERAFIM DA SILVA