PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MAYARA DE OLIVEIRA SILVA MACHADO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYARA DE OLIVEIRA SILVA MACHADO
DATA: 20/03/2020
HORA: 09:30
LOCAL: SALA 1 PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL
TÍTULO: ENGAJAMENTO PARENTAL E VALORES HUMANOS: O PODER MEDIADOR DA SATISFAÇÃO PARENTAL
PALAVRAS-CHAVES: Engajamento parental; Satisfação parental; Valores humanos
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO: A presente dissertação objetivou testar um modelo de mediação, considerando a satisfação parental como mediadora da relação entre valores humanos e engajamento parental. Para isso, foram realizados dois estudos. No Estudo 1 objetivou-se reunir evidências de validade e precisão da Escala de Engajamento Parental (EEP) e da Escala de Satisfação Parental (ESP). Participaram 226 indivíduos (pais e mães) residentes de vários estados brasileiros, sendo a maioria da Paraíba (66,8%), mulheres (57,5%), casados ou em união estável (86,3%), com idade média de 37,47 anos (DP = 7,92, amplitude 19 a 60 anos), e com pelo menos um filho entre 5 a 12 anos de idade (M = 8,89; DP = 7,65), que responderam a EEP, a ESP e um questionário sociodemográfico. Os resultados da análise fatorial exploratória, por meio dos critérios HULL e MAP, sugeriram a unidimensionalidade das medidas, apresentando evidências de validade e precisão favoráveis para a EEP (α de Cronbach e ômega de McDonald = 0,87) e para a ESP (α de Cronbach e ômega de McDonald = 0,82). O Estudo 2 teve como objetivos averiguar a estrutura da EEP e da ESP encontradas no Estudo 1, verificar a contribuição das variáveis sociodemográficas na explicação do engajamento parental e da satisfação parental, identificar a relação entre as subfunções valorativas a satisfação parental e o engajamento parental, e, por fim, testar um modelo de mediação do engajamento parental. Contou-se com 204 indivíduos (pais e mães) do estado da Paraíba, sendo a maioria mulheres (88,6%), casados ou em união estável (77,3%), com idade média de 35,10 anos (DP = 7,00, amplitude 23 a 58 anos) e com pelo menos um filho entre 5 a 12 anos de idade (M = 8,99; DP = 5,40). Apresentaram uma média de 3,54 (DP = 0,68) na avaliação da relação conjugal e de 3,81 (DP = 0,46) na autoavaliação como pai/mãe. Os participantes responderam os mesmos instrumentos do Estudo 1, com o acréscimo do Questionário dos Valores Básicos. Os resultados da análise fatorial confirmatória revelaram parâmetros psicométricos aceitáveis que corroboraram com a estrutura unifatorial da EEP [χ²/ gl = 1,91, GFI = 0,91, CFI= 0,91 RMSEA = 0,07 (IC90% = 0,05 - 0,08), com alfa de Cronbach de 0,82 e confiabilidade composta (CC) de 0,83, e da ESP [χ²/gl = 3,58, GFI = 0,97, CFI = 0,94, RMSEA = 0,07 (IC90% = 0,05 – 0,08), com alfa de Cronbach de 0,75 e confiabilidade composta (CC) de 0,77. Posteriormente, foi possível verificar através de correlações de Pearson, seguidas de regressões lineares, que a avaliação conjugal e a autovaliação como pai/mãe apresentaram-se como melhores preditores do engajamento parental e da satisfação parental, e a quantidade de filhos como preditor do engajamento parental, embora, na direção negativa. Pode-se ainda, identificar relações positivas e estatisticamente significativas (p < 0,05) entre a satisfação parental e o engajamento parental, além das subfunções valorativas (interativa, normativa, suprapessoal, existência e realização), com ambas variáveis supracitadas. Em seguida, através de regressões lineares (simples e múltiplas) pode-se identificar como variáveis preditoras do engajamento parental, a satisfação parental (β = 0,66; p < 0,001) e as subfunções valorativas (normativa, β = 0,20; p < 0,05; e realização, β = 0,20; p < 0,05), e como preditor da satisfação parental a subfunção normativa (β = 0,26; p < 0,001). Observa-se então, que a subfunção realização não apresentou poder preditivo na satisfação parental, por esse fato, opta-se por excluí-la do modelo. A partir disso, foi testado um modelo de mediação considerando o engajamento parental como variável critério, a subfunção normativa como variável independente e a satisfação parental como mediadora, cujos os resultados apresentaram uma mediação total, visto que, na presença da satisfação parental os efeitos diretos entre a subfunção normativa e o engajamento parental deixaram de ser significativos (λ = 0,09; p = 0,07; IC 90% = 0,01/0,18). Dessa forma, tem-se que pessoas que priorizam a subfunção normativa são mais engajadas em suas funções parentais porque apresentam maiores níveis de satisfação parental. Assim, acredita-se que os valores humanos e a satisfação parental configuram-se como importantes variáveis na promoção do engajamento parental. Desse modo, o estudo contribui com a Psicologia Social, sobretudo no que se refere às relações familiares, uma vez que busca explicar o engajamento parental. A presente dissertação, colabora assim, com o avanço científico do tema, fornecendo dados empíricos que instigam a reflexão acerca de possibilidades de intervenções nas relações parentais a fim de se obter experiências positivas na vida de pais e filhos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Interno - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
Externo ao Programa - 1973400 - VIVIANY SILVA ARAUJO PESSOA