PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: PATRICIA FONSECA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRICIA FONSECA DE SOUSA
DATA: 29/04/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Multimídia C
TÍTULO: ADESÃO AO PARADIGMA PSICOSSOCIAL DA SAÚDE MENTAL: PAPEL DOS ESTEREÓTIPOS, CRENÇAS, PERCEPÇÃO DE AMEAÇA E PRECONCEITO
PALAVRAS-CHAVES: Paradigma psicossocial, crenças, estereótipos, preconceito, percepção de ameaça.
PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: A Reforma Psiquiátrica, atual política do campo da saúde mental, propõe uma transição de postura, de técnica e de tratamento pautada no estabelecimento do paradigma psicossocial em substituição ao biomédico, porém, observam-se dificuldades a efetivação do paradigma psicossocial.Esta tese tem como objetivo propor um modelo explicativo de adesão/não adesão ao paradigma psicossocial a partir dos estereótipos, das crenças sobre a etiologia da doença mental, da percepção de ameaça e do preconceito.A tese defendida é que a não adesão ao paradigma psicossocial está associada à permanência do preconceito e da percepção de ameaça frente ao doente mental, os quais estão ancorados em crenças acerca da etiologia da doença mental e em estereótipos negativos.Para alcançar o objetivo proposto e confirmar ou refutar a presente tese foram elaborados quatro estudos em formato de artigo. O artigo 1 é uma revisão teórica sobre os construtos teóricos da tese,abarcando as contribuições dos estereótipos, das crenças sobre a etiologia da doença mental, da percepção de ameaça e do preconceito na explicação da adesão/não adesão ao paradigma psicossocial.O resultado da revisão indicou que os construtos analisados nesse estudo são variáveis importantes na determinação das ações intergrupais e, portanto, podem contribuir para a compreensão da adesão/não adesão ao paradigma psicossocial.O artigo 2 teve como objetivo conhecer as representações sociais de profissionais da saúde mental, universitários da área da saúde e estudantes do ensino médio acerca do louco e do doente mental, fazendo um levantamento dos estereótipos relacionando-as aos paradigmas de atenção à saúde mental (biomédico e psicossocial). A amostra dessa pesquisa foi formada por 150 participantes, sendo 50 de cada grupo social. Para a coleta de dados, foi usada a Técnica de Associação Livre de Palavras, com os estímulos louco e doente mental. Os dados foram analisados no programa Tri-Deux-Mots. Os estudantes do ensino médio e os universitários apresentaram representações do louco e do doente mental ancoradas no paradigma biomédico, já os profissionais apresentaram representações ancoradas no paradigma psicossocial. O artigo 3 teve como propósito desenvolver a Escala de Estereótipos sobre o Doente Mental (EEDM), reunindo evidências psicométricas e para tanto foram realizados dois estudos. No Estudo 1, participaram 210 universitários e análises fatoriais exploratórias indicaram a existência de dois componentes (Estereótipos de Ameaça, α = 0,81; Estereótipos de Incapacidade, α = 0,80) com 10 itens no total. No estudo 2, participaram 206 universitários e uma análise fatorial confirmatória indicou que o modelo bifatorial proposto para a escala era adequado: χ²/gl = 2,31, GFI = 0,93, CFI = 0,94 e RMSEA = 0,08 (IC 90% = 0,057 - 0,103). Oartigo 4teve como objetivo propor um modelo explicativo de adesão/não adesão ao paradigma psicossocial da saúde mental a partir dos estereótipos, das crenças sobre a etiologia da doença mental, da percepção de ameaça e do preconceito.Participaram 400 universitários, que responderam aos seguintes instrumentos: Escala de Crenças sobre a Doença Mental, Escala de Estereótipos sobre o Doente Mental, Escala de Percepção de Ameaça frente ao Doente Mental, Escala de Preconceito frente ao Doente Mental, Escala de Atitudes em Saúde Mental. Os resultados demonstraram que quanto maior a percepção de ameaça e a concordância com o estereótipo de incapacidade, menor o apoio ao paradigma psicossocial. Os resultados também indicaram que as crenças acerca da etiologia da doença mental e os estereótipos estão na base da percepção de ameaça e estas variáveis juntas predizem maior preconceito.Os achados apresentam contribuição para a compreensão dos fatores que podem favorecer a efetivação do paradigma psicossocial no cenário da saúde mental e adesão aos preceitos da Reforma psiquiátrica.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Interno - 2014467 - CARLOS EDUARDO PIMENTEL
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo ao Programa - 1519736 - TATIANA DE LUCENA TORRES
Externo à Instituição - ANDREA XAVIER DE ALBUQUERQUE DE SOUZA