PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDA CRISTINA DE OLIVEIRA RAMALHO DINIZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA CRISTINA DE OLIVEIRA RAMALHO DINIZ
DATA: 16/11/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Super-heroína (en)cena: representatividade e representações sociais das mulheres e das super-heroínas.
PALAVRAS-CHAVES: representações sociais; sexismo; gênero; mulheres; cinema.
PÁGINAS: 45
RESUMO: Visto que o cinema se apresenta como uma forma de linguagem e uma fonte de (des)construção de representações sociais, esta dissertação teve como objetivo principal analisar as representações sociais sobre: a) as mulheres no geral; b) as super-heroínas; c) homens no geral e d) os super-heróis, levando em consideração também se elementos da divisão sexual de papeis surgem nesses conteúdos representacionais e se afetam a tomada de posição frente à igualdade de gênero. Para isso, foram realizados dois estudos apresentados em formato de artigo. No primeiro estudo, participaram 206 estudantes universitários, em sua maioria mulheres (57,3%) com idade média de 20 anos, que responderam sobre a concordância com a atual ascensão de protagonistas femininas nos filmes de super-heróis, sua justificativa para o posicionamento e ao questionário sociodemográfico. Os resultados apontaram que há concordância de 95,6% dos participantes frente à ascensão de protagonistas femininas nesses filmes, mas as justificativas se diferenciaram com base na ancoragem do gênero dos participantes. Elas formaram dois dendrogramas de cinco classes cada, sendo as justificativas das mulheres organizadas em “Representatividade importa”, “Filmes e realidade”, “Crescimento contínuo”, “Visibilidade feminina” e “Direito de ocupação dos espaços sociais”, enquanto as dos homens organizadas em “Sim para as super-heroínas”, “Concordo, mas com ressalvas”, “Por que não?”, “Ascensão feminina” e “Cinema e feminismo”. No geral, as mulheres trazem uma possibilidade de ressignificação da figura da mulher no imaginário social por meio das personagens de super-heroínas, enquanto os homens trazem mais ressalvas a participação delas, bem como sua qualidade. Em ambos os grupos os discursos fazem referência à questões como feminismo e representatividade, porém sob perspectivas ambivalentes. No segundo estudo, participaram 145 estudantes universitários, em sua maioria homens (51%) com idade média de 20 anos, que responderam a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) referente aos estímulos indutores “mulher”, “super-heroína”, “homem” e “super-herói”. As respostas foram divididas em oito bancos de acordo com o gênero do respondente e submetidas a análise prototípica feita com o auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados apontaram que as representações sociais da mulher e do homem se estruturam de formas diferentes com base no gênero do participante, enquanto a representação social do super-herói traz uma imagem hegemônica e discute-se sobre a representação social da super-heroína ser uma representação não autônoma da mulher. Assim, conclui-se que as pautas levantadas pelos movimentos feministas estão se fazendo cada vez mais presentes no cotidiano, mas, por outro lado, alguns grupos vão se interessar na rigidez da estrutura social e se sentirão ameaçados com a ascensão dos grupos minoritários. E na interface entre esses grupos, podemos ter o cinema como um aliado para a construção de representações sociais mais igualitárias e que auxiliam na desconstrução ou no reforço do machismo e do sexismo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - ANDERSON MATHIAS DIAS SANTOS
Externo à Instituição - IARA MARIBONDO ALBUQUERQUE