PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: EMELLYNE LIMA DE MEDEIROS DIAS LEMOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMELLYNE LIMA DE MEDEIROS DIAS LEMOS
DATA: 16/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: via google meet
TÍTULO: Transtorno do Espectro Autista: um estudo sobre concepções familiares e interações entre irmãos
PALAVRAS-CHAVES: Transtorno do Espectro Autista; Família; Irmãos; Modelo bioecológico.
PÁGINAS: 234
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Desenvolvimento Humano
ESPECIALIDADE: Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
RESUMO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por um continuum de prejuízos, com intensidades diferentes e manifestação precoce no domínio sociocomunicativo e por meio de comportamentos restritivos e repetitivos. Considerando estas características, as vivências a elas relacionadas e sua influência no desenvolvimento, destaca-se o papel dos contextos familiares e, mais especificamente, das interações estabelecidas entre os irmãos nesse processo. Fundamentada no modelo bioecológico, parte-se da compreensão de que múltiplos fatores se relacionam com estes contextos, e a convivência com um membro na família com TEA pode ser influenciada por uma variedade de aspectos relacionados às características das pessoas, dos processos, dos contextos e do tempo (PPCT). Nessa direção, esta tese objetiva analisar as concepções sobre vivências familiares e as interações entre irmãos de famílias de jovens com TEA. Para tanto, foram realizados cinco estudos. O primeiro apresenta aspectos teórico-metodológicos do modelo bioecológico articulando-os ao TEA e às vivências fraternas. Os resultados demonstram a relevância da aplicabilidade do modelo ao fenômeno estudado, por elucidar aspectos positivos do desenvolvimento, que podem atuar nessas vivências e auxiliar famílias e profissionais. O segundo estudo objetivou analisar as concepções de jovens com TEA, suas mães e irmãos acerca de suas vivências familiares. Foram realizadas entrevistas com 12 mães, 17 irmãos de indivíduos com TEA e dois jovens com TEA, as quais foram transcritas e analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. De acordo com os resultados, os entrevistados utilizam fatores de proteção através de suas atividades, concepções e redes de apoio, apesar da presença de fatores de risco. O terceiro estudo objetivou analisar interações entre irmãos com desenvolvimento típico e aqueles com TEA, em situações de brincadeira livre, a partir de três estudos de caso. Os processos proximais foram analisados em termos de episódios interacionais e foi utilizada a técnica de triangulação dos dados, devido aos diferentes instrumentos no delineamento da pesquisa. O estudo mostrou a importância das atividades cotidianas para o desenvolvimento dos irmãos. As interinfluências entre as dimensões PPCT foram elucidativas das interações e seu tempo de duração foi influenciado pelo conhecimento prévio das atividades e dos objetos e pelas características das interações entre pares. Ressalta-se que a mediação materna teve um papel proeminente nesse processo. O quarto estudo traz uma experiência de devolutiva de pesquisa por meio da técnica de grupo focal e analisa os conteúdos que emergiram dos discursos de cinco mães de jovens com TEA. O encontro foi gravado e registrado em diários de campo. As gravações foram transcritas, analisadas, discutidas e apresentadas em oito categorias. As mães destacaram temas relacionados às transições ecológicas como: momento do diagnóstico, receio em relação à sua finitude e preparação dos filhos para essa etapa, além da necessidade de apoio, orientações e estratégias relacionadas à convivência com os filhos. O quinto estudo versa sobre a experiência com quatro adolescentes, irmãos de indivíduos com TEA, diante da devolutiva da pesquisa a partir de uma roda de conversa. Os dados foram registrados em gravações e diários de campo. As gravações foram transcritas, analisadas e discutidas com base na literatura. Os jovens demonstraram interesse em conhecer as respostas dos pares, dado que indica a importância da troca de experiências. As falas foram caracterizadas por empatia, maturidade e naturalidade no compartilhamento de relatos. Eles também relataram se sentirem representados com os resultados da pesquisa e elaboraram sugestões para outras famílias. Verificou-se que as estratégias utilizadas pelas famílias e suas redes de apoio podem favorecer suporte emocional e que as interações nestes contextos podem ser promotoras de desenvolvimento. Espera-se contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas e intervenções na área.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
Interno - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo ao Programa - 1723590 - ADRIANA DE ANDRADE GAIAO E BARBOSA
Externo à Instituição - LUCIVANDA CAVALCANTE BORGES DE SOUSA