PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO
DATA: 16/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual via Google Meet
TÍTULO: Eu não sou racista, tenho até amigos negros: o papel egodefensivo das justificações do racismo
PALAVRAS-CHAVES: Preconceito; Auto-estima; Justificações; Racismo; Norma Antirracismo.
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Processos Grupais e de Comunicação
RESUMO: Atitudes e comportamentos racistas têm resistido fortemente à norma antirracismo. A teorização e as pesquisas sobre as relações intergrupais têm demonstrado que isto ocorre porque as pessoas usam justificações para mitigar a natureza discriminatória de seu comportamento. A este respeito, a literatura ainda não esclareceu se o simples ato de justificar o comportamento racista em si é suficiente para proteger tanto a imagem pessoal e social do perpetrador. A presente tese discute esta questão propondo que indivíduos elaboram espontaneamente justificações para seus comportamentos discriminatórios contra grupos protegidos pela norma antirracismo, preservando assim sua autoestima e imagem social. Desenvolvemos um programa de pesquisa para testar esta hipótese, cujos resultados organizamos em três artigos. Em um artigo preliminar, realizamos três estudos nos quais avaliamos a validade e a confiabilidade de uma escala de autoestima que utilizamos em estudos subsequentes. No segundo artigo, realizamos um estudo exploratório (N = 100) que mostrou que as pessoas negras são percebidas como o grupo mais protegido pela norma antipreconceito do contexto brasileiro. No artigo principal desta tese, realizamos cinco estudos experimentais para testar os aspectos centrais da hipótese proposta. No Experimento 1 (N = 203), mostramos que os participantes acusados de serem racistas tiveram sua autoestima implícita afetada. No Experimento 2 (N = 102), mostramos que o simples ato de justificar o racismo mitiga os impactos negativos sobre a autoestima implícita dos participantes acusados de racismo. No Experimento 3 (N = 137), reproduzimos os resultados anteriores em outro contexto cultural (i.e., na Espanha). No Experimento 4 (N = 196), fomos além, mostrando que o impacto negativo de ser acusado de racismo ocorre na gestão da imagem social dos participantes mais igualitários. O Experimento 5 (N = 148) analisou o papel moderador da norma antipreconceito no impacto de ser acusado de racismo na autoestima dos indivíduos. Em geral, os resultados confirmam as hipóteses propostas e contribuem para estudos sobre processos que legitimam o preconceito e a discriminação.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - ANDERSON MESQUITA DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - BRUNA DA SILVA NASCIMENTO
Externo à Instituição - LUANA ELAYNE CUNHA DE SOUZA