PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: VIVIANE ALVES DOS SANTOS BEZERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANE ALVES DOS SANTOS BEZERRA
DATA: 19/03/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Ambiente Virtual (Google meet)
TÍTULO: VARIÁVEIS PREDITORAS DA DISPOSIÇÃO DE JOVENS PARA AJUDAR PESSOAS EM RISCO DE SUICÍDIO
PALAVRAS-CHAVES: Suicídio; Jovens; Oferta de ajuda; Empatia.
PÁGINAS: 143
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Estudos recentes têm apontando que os jovens poderiam exercer um papel importante na prevenção do suicídio caso estivessem dispostos a ajudar pessoas que apresentam risco para esse comportamento. As pesquisas indicam ainda, que variáveis afetivas, como a empatia; variáveis sociodemográficas, como o sexo e a idade; e variáveis psicossociais, como a exposição e a experiência com o suicídio, podem estar associadas a maior disposição dos jovens para se envolverem em comportamentos de ajuda frente a pessoas em risco de suicídio. Todavia, verificou-se que, até o momento, os estudos não se interessaram por conhecer o quanto um conjunto de diferentes variáveis seria capaz de prever a disposição dos jovens para se envolver em comportamentos de ajuda frente a pessoas em risco de suicídio. Diante dessa lacuna, a presente dissertação teve como objetivo principal verificar o poder preditivo de variáveis afetivas, sociodemográficas e psicossociais na disposição de jovens para ajudar pessoas em risco de suicídio. Para atender a esse objetivo, realizou-se inicialmente a adaptação e validação para o contexto brasileiro da Suicide Helpfulness Scale – SHS (Escala de Apoio à pessoa em Risco de Suicídio - EARS), por meio de dois estudos. No Estudo 1, 206 participantes responderam à EARS e a questões sociodemográficas. Os resultados obtidos apoiaram o modelo original de quatro fatores e verificou-se Confiabilidade Composta de 0,90. Do Estudo 2, de caráter confirmatório, participaram 212 estudantes e foram testados três modelos para a EARS; os resultados corroboraram a adequação da estrutura tetrafatorial, observando-se indicadores de ajuste meritórios. Assim, conclui-se que a EARS apresentou características psicométricas adequadas para o contexto brasileiro, podendo ser utilizada para fins de pesquisa. Após a adaptação e validação da EARS, foi conduzido um terceiro estudo que objetivou verificar o papel preditor de variáveis afetivas, sociodemográficas e psicossociais na disposição de jovens para ajudar pessoas em risco de suicídio. Participaram deste estudo 490 jovens, majoritariamente do sexo feminino (73,3%), com idades variando de 18 a 29 anos (M = 23,61; DP = 3,30), de diferentes níveis socioeconômicos, grupos religiosos e residentes em sua maioria na região Nordeste do Brasil (82%). Os participantes responderam a um questionário referente a variáveis sociodemográficas e psicossociais, à Escala de Apoio à pessoa em Risco de Suicídio (EARS), para avaliar a sua disposição para ajudar pessoas em risco de suicídio; à Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI), para avaliar a empatia; e à Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne (EDSMC), para avaliar a desejabilidade social. Na análise de dados, empregou-se o Teste de Correlação de Spearman e os Testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Os resultados dessas análises evidenciaram que houveram associações positivas e significativas entre a empatia, a disposição para ajudar e a desejabilidade social; também observadas diferenças significativas na disposição para ajudar pessoas em risco de suicídio em função do nível de empatia, do sexo, da faixa etária, da exposição ao suicídio e do grau de proximidade com alguém que se suicidou. Por fim, realizou-se uma análise de Regressão Linear Múltipla para atender ao objetivo principal desta dissertação, verificando-se que, dentre as variáveis investigadas, a empatia e o grau de proximidade foram os únicos preditores significativos da disposição para ajudar. Esses achados apontam para a importância de incluir a promoção da empatia em programas de prevenção do suicídio. No entanto, indica-se a necessidade de serem investigadas outras variáveis que possam contribuir para a compreensão dos fatores que influenciam a disposição para ajudar pessoas em risco de suicídio.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Interno - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Externo ao Programa - 1492368 - LILIAN KELLY DE SOUSA GALVAO
Externo à Instituição - LEONARDO RODRIGUES SAMPAIO