PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LAYS BRUNNYELI SANTOS DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYS BRUNNYELI SANTOS DE OLIVEIRA
DATA: 26/03/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: VALORES HUMANOS E CRESCIMENTO PÓS-TRAUMÁTICO: PAPEL MEDIADOR DA RESILIÊNCIA FAMILIAR EM PESSOAS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
PALAVRAS-CHAVES: Doença renal, valores humanos, resiliência, crescimento pós-traumático
PÁGINAS: 128
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO: A presente dissertação teve por objetivo testar o papel mediador da resiliência familiar na relação entre valores humanos e crescimento pós-traumático em pessoas com doença renal crônica. Deste modo, optou-se por realizar quatro estudos em formato de artigos. O Artigo 1, é uma revisão teórica e teve como objetivo realizar uma revisão teórica sobre as contribuições dos valores humanos, resiliência familiar e crescimento pós-traumático no enfrentamento de situações adversas. A revisão indicou que os construtos apresentados são variáveis importantes para analisar como pessoas com doença renal crônica lidam com a adversidade, além de fornecer explicações para o melhor entendimento das relações familiares que se processam no contexto da saúde mental dessas pessoas e como o apoio familiar pode contribuir com o crescimento pessoal e aceitação da doença. O Artigo 2 teve como objetivo adaptar para o contexto brasileiro a escala Family Resilience Assessment Scale (FRAS) reunindo evidências de validade e precisão. Para tanto, foram realizados dois estudos com participantes de diferentes estados brasileiros. Participaram do primeiro estudo, 314 pessoas (Midade = 31,87; DP = 10,58), sendo 56,4% do sexo feminino, 48,4% da Paraíba e São Paulo (20,4%). No estudo 1, foi realizada uma análise fatorial exploratória, que sugeriu uma estrutura tetrafatorial, com adequado índice de confiabilidade(CFI = 0,84, TLI = 0,83, RMSEA = 0,06). O Estudo 2 contou com 336 pessoas portadoras de doença renal crônica (Midade = 41,44; DP = 11,02), a maioria (54,1%) do sexo feminino, São Paulo (33,1%) e Rio de janeiro (14,5%)e que realizavam hemodiálise (46,4%). A análise fatorial confirmatória corroborou a estrutura composta por quatro fatores por meio de uma versão reduzida da escala (CFI = 0,96, TLI = 0,95, RMSEA = 0,07). Portanto, os resultados mostraram que a versão reduzida da FRAS pode ser uma alternativa para avaliar a resiliência familiar e seus correlatos no Brasil. O Artigo 3, objetivou verificar a influência de variáveis sociodemográficas na resiliência familiar em pessoas com doença renal crônica. Participaram da pesquisa 210 portadores de doença renal crônica (Midade = 42,1; DP = 10,80), sendo a maioria de São Paulo (29,5%), mulheres (68,6%), católicas (44,3%). Observou-se relações positivas e significativas entre o grau de religiosidade e o fator da resiliência familiar: espiritualidade familiar (r = 0,62; p = 0,01). Ademais, visando verificar se o tipo de religião influencia na resiliência familiar foi realizada uma MANOVA, a qual indicou que existem diferenças significativas apenas quanto ao tipo de religião no fator espiritualidade familiar [Lambda de Wilks = 0,668, F (24,618) = 3,164, p = 0,01, η² (tamanho do efeito) =0,09]. Os resultados sugerem que a religiosidade pode ajudar a superar as situações traumáticas pois, através dos ensinamentos religiosos, as pessoas socializam, inserem-se em grupos e participam de atividades sociais que acontecem com regularidade no contexto das comunidades religiosas, contribuindo como estratégia de adaptação a nível da estruturação da resiliência familiar. Por fim o Artigo 4, objetivou testar o papel mediador da resiliência familiar na relação entre valores humanos e crescimento pós-traumático em pessoas com doença renal crônica. Contou-se com 342 pessoas portadoras de Doença Renal Crônica (Midade = 41,37; DP = 11,06; amplitude 19 a 72 anos), de 24 estados brasileiros, maioria de São Paulo (32,7%), Rio de janeiro (14,6%) e mulheres (54,7%). Destes 46,2% realizam hemodiálise e 29,5% transplante de rins. Foram aplicadas a FRAS, PTGI, QVB além de questões demográficas. Realizaram-se correlações, seguidas de regressões. Modelos de mediação demonstraram a contribuição dos valores sociais (subfunções interativa e normativa), buscando verificar o poder preditivo crescimento pós-traumático, mediado pela resiliência familiar (utilização de recursos sociais e econômicos e espiritualidade familiar) em pessoas com doença renal crônica. Assim, conclui-se que melhorar os níveis de resiliência familiar pode ser uma maneira de minimizar os sintomas da doença e promover o crescimento em pessoas com doença renal crônica.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Interno - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Externo à Instituição - RICARDO NEVES COUTO