PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: SHIRLEY DE SOUZA SILVA SIMEÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SHIRLEY DE SOUZA SILVA SIMEÃO
DATA: 11/12/2015
HORA: 10:30
LOCAL: SALA 511 CCHLA
TÍTULO: Câncer de mama, prevenção e qualidade de vida: um estudo psicossociológico
PALAVRAS-CHAVES: câncer de mama; prevenção; qualidade de vida; representações sociais.
PÁGINAS: 150
RESUMO: Esta tese teve como objetivo apreender as representações sociais presentes no discurso midiático e no cotidiano de mulheres, que vivenciaram ou não o câncer de mama acerca desta patologia. O trabalho está estruturado a partir da realização de dois estudos: o primeiro trata-se de um estudo documental realizado a partir da análise de materiais textuais sobre o tema câncer de mama, por meio dos quais buscou-se apreender as representações sociais, acerca do câncer de mama, veiculadas na mídia impressa, em um jornal de circulação nacional e outro de circulação local. Foram analisadas um total de 58 publicações, veiculadas nos anos de 2012 e 2013. Os dados foram processados pelo software Alceste, por meio do procedimento padrão, a partir do qual foi possível identificar a estruturação do corpus em quatro classes temáticas distintas denominadas: (1) Diretrizes governamentais e científicas para o tratamento medicamentoso do câncer de mama; (2) Predisposição genética ao câncer de mama: consequências e possibilidades terapêuticas; (3) Estudos e ações voltados para a prevenção e promoção da saúde da mama da mulher; (4) Principais ações envolvidas nas campanhas de prevenção. De modo geral, os resultados evidenciaram que o câncer de mama foi objetivado a partir de experiências como mastectomia, remédio, cirurgia e exame, ancorando o câncer em vivências relacionadas ao tratamento bem como ações desenvolvidas no sentido de promover prevenção do câncer de mama. O segundo estudo com objetivo de apreender as representações das mulheres acerca do câncer de mama e das formas de prevenção, além de avaliar a qualidade de vida das mulheres. Participaram deste estudo 111 mulheres, com idades variando entre 38 e 85 anos (m=53,5; dp=10,91), as quais foram alocadas em dois grupos: grupo 1, formado por 61 mulheres que não vivenciaram o câncer de mama e o grupo 2, composto por 50 mulheres que vivenciaram a patologia. Foram utilizados como instrumentos um questionário biossociodemográfico, uma entrevista semi-estruturada, a técnica de associação livre de palavras e o questionário de qualidade de vida – whoqol-bref, estes que foram submetidos ao processamento, respectivamente, pelos softwares Spss, Alceste e Tri-deux-Mots. Das 68 entrevistas processadas pelo Alceste, foi possível identificar que emergiram quatro classes temáticas distintas denominadas: (1) Fatores de influência na qualidade de vida; (2) Modalidades de suporte para o enfrentamento da doença; (3) Reações e vivências a partir do diagnóstico; (4) Conhecimentos e práticas acerca do câncer de mama. O conhecimento produzido pelo grupo social acerca do câncer de mama foi ancorado em vivências emocionais e procedimentos vivenciados a partir do diagnóstico, sendo objetivado como tristeza e desespero. Por outro lado, emergiram aspectos relacionados à prevenção e enfrentamento da doença. As participantes objetivaram o câncer de mama como doença incurável, que requer tratamento e provoca medo em função da proximidade com a morte, luta e sofrimento. Em relação à prevenção do câncer de mama, a ultrassonografia apareceu como elemento figurativo, possivelmente, sendo apontado como um dos meios de detecção precoce do problema. Em relação ao estímulo indutor mamografia, foi possível observar as objetivações como importante e dúvida, confirmando, embora com palavras distintas daquelas apresentadas pelo grupo que não vivenciou a patologia e representou o exame como cuidado e saber. A prevenção foi ancorada como atributo estritamente relacionado à qualidade de vida (QV) esta que foi percebida como tendo fatores que podem influenciar positivamente ou negativamente. No que se refere a comparação da qualidade de vida, não foi identificada diferenças significativas entre as médias dos grupos estudados em nenhum domínio da QV. No momento, vale salientar que, as análises e discussão dos referidos resultados encontram-se em construção.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 332067 - MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - THIAGO AVELAR DE AQUINO