PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: BRUNA DA SILVA NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA DA SILVA NASCIMENTO
DATA: 23/02/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 402 CCHLA
TÍTULO: ATITUDES FRENTE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: O PAPEL DOS VALORES E DA DESUMANIZAÇÃO DA MULHER
PALAVRAS-CHAVES: Atitudes, violência, mulher, valores, desumanização.
PÁGINAS: 209
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Esta dissertação objetivou conhecer a relação entre os valores, a desumanização da mulher e as atitudes frente à violência contra a mulher. Especificamente, pretendeu-se conhecer evidências de validade da Escala de Atitudes frente à Violência Conjugal Contra a Mulher (EAVCM) e da Escala de Atitudes frente à Violência Sexual contra a mulher (EAVSM), além de verificar se as atitudes variam em função dos valores das vítimas. Dois estudos foram conduzidos. No Estudo 1, além da validação das medidas, objetivou-se conhecer a relação entre os construtos estudados. Dividiu-se este estudo em duas partes: Propriedades psicométricas dos instrumentos e Relação entre os construtos. Para a análise exploratória das medidas, participaram 200 pessoas da população geral com idade média de 24,8 anos (DP = 7,55) que responderam a EAVCM e EAVSM e perguntas sociodemográficas. A Análise dos Componentes Principais, sem rotação, constatou uma estrutura unifatorial para cada um dos instrumentos, com alfas de 0,76 (EAVCM) e 0,78 (EAVSM). Posteriormente, a análise confirmatória foi efetuada com uma amostra de 322 universitários, com idade média de 23,0 anos (DP = 2,88), demonstrando que a unifatorialidade da EAVCM (e.g., GFI = 0,99; RMSEA = 0,01) e da EAVSM (e.g., GFI = 0,84; RMSEA = 0,11) é aceitável. Em seguida, testou-se a relação entre as variáveis com duas amostras distintas, as quais se diferenciavam em função da medida implícita. Para verificar a relação entre as atitudes, os valores e a animalização da mulher, participaram 120 pessoas da população geral, com idade média de 24,7 anos (DP = 6,62) que responderam as duas escalas de atitudes citadas, o Questionário dos Valores Básicos (QVB), o Teste de Associação Implícita (TAI) Humanos-Animais e questões sociodemográficas. Não se observou relação entre a animalização da mulher e as atitudes. Com o intuito de verificar a relação entre as atitudes, os valores e a objetificação da mulher, contou-se com 95 respondentes, sendo a idade média de 23,3 anos (DP = 4,65). Estes responderam aos instrumentos citados e ao TAI Humanos-Objetos. Não se constatou associação entre a objetificação da mulher e as atitudes. Quantos aos valores, verificou-se que os normativos e de realização estão relacionados às atitudes de suporte à violência conjugal e sexual. No Estudo 2, explorou-se a relação entre os valores da vítima e as atitudes. Participaram 322 estudantes universitários, com idade média de 23,02 anos (DP = 2,88) que após a leitura de cenários de agressão da mulher, responderam além das medidas citadas, questões relativas à situação de violência descrita no cenário e o Questionário de Agressão. Os resultados demonstraram que quando a mulher prioriza valores de realização, ela tende a ser culpabilizada em maior medida pela violência do que quando é descrita endossando existência. Adicionalmente, construiu-se um modelo explicativo das atitudes tomando-se os valores e o traço agressivo dos respondentes. Confia-se ter contribuído para a literatura na área fornecendo duas medidas breves de avaliação das atitudes frente à violência contra a mulher e ampliando o entendimento sobre esta temática.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ESTEFANEA ELIDA DA SILVA GUSMÃO
Interno - 332067 - MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
Presidente - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA