PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANNE KAROLINE PINTO ROCHA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE KAROLINE PINTO ROCHA
DATA: 16/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/ocx-oqus-opt
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DO USO DO CIGARRO CONVENCIONAL E DO CIGARRO ELETRÔNICO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
PALAVRAS-CHAVES: Cigarro Convencional; Cigarro Eletrônico; Representações Sociais.
RESUMO: Semelhante ao cigarro convencional, o cigarro eletrônico é um dispositivo que libera nicotina e tem sido utilizado como ferramenta no auxílio para cessação tabágica, embora os dados científicos sobre sua eficácia e segurança sejam escassos. Assim, com este estudo, pretendeu-se realizar uma revisão da literatura científica sobre o tema, verificar as Representações Sociais sobre os cigarros eletrônicos e convencionais, além de verificar a frequência de uso e fazer um rastreamento da saúde mental dos participantes. Para a revisão, foram realizadas buscas nas bases Scopus, Scielo e PubMed até junho de 2020, e incluídos apenas empíricos e que tratassem do uso do cigarro eletrônico para redução ou cessação tabágica. E, para a pesquisa, realizou-se um estudo com o método misto, com coleta e análise de dados quanti-qualitativas, realizado com a população geral. Os instrumentos utilizados foram o questionário sociodemográfico, a técnica de associação livre de palavras, perguntas abertas sobre o cigarro eletrônico, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e a Escala de Satisfação com a Vida; cujos dados foram analisados com auxílio dos softwares Iramuteq e SPSS. Quanto aos resultados da revisão, foi identificada uma grande aceitação da população leiga, que vê o cigarro eletrônico como inofensivo e reforça a ideia de uma nova identidade social para os vapers; enquanto que os profissionais de saúde destacam a importância de informações baseadas em evidências científicas consistentes em relação ao dispositivo; na medida em que os estudos sobre a eficácia dos cigarros eletrônicos e sua segurança a longo prazo permanecem inconclusivos. No segundo estudo, percebeu-se que as representações acerca do cigarro eletrônico estão majoritariamente relacionadas a uma ideia de modernidade e juventude, relacionando-o ao uso recreativo; enquanto que as representações sobre o cigarro convencional estão mais relacionados de uma forma mais consistente a uma imagem negativa, fatores desagradáveis e até aos consequentes malefícios à saúde. No terceiro estudo, a maioria dos participantes era composta de não fumantes e elegem o cigarro convencional como mais prejudicial à saúde do que o cigarro eletrônico; a maioria dos participantes usuários de cigarros eletrônicos declarou possuir ou já ter possuído um desses dispositivos e relaciona o uso a uma tentativa de diminuir ou cessar o consumo de cigarros convencionais. Foi possível detectar a necessidade de estudos longitudinais, estudos capazes de apresentar evidências reais, a fim de esclarecer dúvidas e lacunas referentes aos impactos do uso de cigarros eletrônicos para a saúde das pessoas e também sobre a eficácia ou não do cigarro eletrônico para redução ou cessação tabágica. Foi possível realizar algumas reflexões sobre o papel do cigarro eletrônico para a sociedade e como as pessoas têm introjetado as informações acessadas e compartilhadas sobre o dispositivo. E, por fim, ressalta-se a necessidade de novos estudos para embasar as regulamentações normativas necessárias e cabíveis, além de atualizar e aprimorar novas estratégias de prevenção e promoção de saúde alinhadas ao controle sobre questões relacionadas aos cigarros eletrônicos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Externo à Instituição - EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO SALES MARIANO