PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: KALINE DA SILVA LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KALINE DA SILVA LIMA
DATA: 01/02/2022
HORA: 11:00
LOCAL: Sala Virtual via Google Meeting
TÍTULO: Preconceito e Discriminação contra Pessoas Transgênero: O Papel da Ameaça à Distintividade de Gênero
PALAVRAS-CHAVES: preconceito; discriminação; ameaça à distintividade; pessoas transgênero; Identidade Social
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Processos Grupais e de Comunicação
RESUMO: Atitudes negativas e discriminação contra pessoas transgênero são generalizadas no Brasil. No entanto, pouca atenção tem sido dada à especificidade do preconceito transfóbico e ao papel da ameaça à distintividade de gênero nas atitudes discriminatórias contra essas pessoas. Para elucidar essa questão, desenvolvemos um programa de pesquisa no qual realizamos oito estudos, os quais apresentamos em três artigos empíricos. No primeiro artigo, apresentamos quatro estudos preliminares nos quais descrevemos o desenvolvimento e a validação de uma escala de preconceito contra mulheres (PTS-W) e homens transgênero (PTS-M). Os resultados mostraram evidência empírica consistente de validade de construto e fiabilidade da PTS-M e da PTS-W. No segundo artigo (N = 300), realizamos um estudo experimental no qual avaliamos a especificidade na discriminação contra pessoas transgênero expressa no valor social que as pessoas atribuem a pessoas transgênero que são vítimas de injustiça. Manipulamos o sexo da vítima designado no nascimento (masculino vs. feminino) e a informação sobre a sua pertença categorial (heterossexual vs. homossexual vs. transgênero). Os resultados mostraram maior valorização de uma vítima heterossexual em relação à uma transgênero. O artigo 3 descreve três estudos experimentais que testam a hipótese de que a discriminação de transgêneros é mais forte nos homens do que nas mulheres, e que essa diferença decorre da ameaça à distintividade de gênero e do preconceito transfóbico. No estudo 1 (N = 162), manipulamos o sexo da vítima designado no nascimento (feminino vs. masculino) e a sua identidade de gênero (cisgênero vs. transgênero) e medimos o suporte social dado a essa vítima. Os participantes homens expressaram menor suporte social à vítima transgênero, tendo este efeito sido mediado pelo preconceito transfóbico. No estudo 2 (N = 196), manipulamos a ameaça à distintividade de gênero usando uma notícia fictícia que destacava a semelhança (i.e., ameaça à distintividade) entre pessoas cisgênero e transgênero e uma condição controle (i.e., notícia neutra). Os resultados indicaram que a percepção de distintividade de gênero e o preconceito contra transgêneros mediaram sequencialmente a relação entre o sexo dos participantes e o menor suporte social dado à vítima transgênero, especialmente na condição de ameaça à distintividade de gênero. No Estudo 3 (N = 350), manipulamos a ameaça à distintividade de gênero por meio de falsos feedbacks descrevendo a semelhança (i.e., ameaça à distintividade) ou a diferença (i.e., afirmação da distintividade) entre pessoas cisgênero (vs. transgênero). Os homens cisgêneros perceberam maior distintividade face aos transgêneros, expressaram mais preconceito e ofereceram menor suporte social a pessoas trans do que a cisgêneros, especialmente na condição de afirmação da distintividade de gênero. No geral, os resultados são consistentes com as hipóteses que propomos e as inconsistências observadas foram discutidas com base na Teoria da Identidade Social, destacando o papel da ameaça à distintividade intergrupal.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - ELDO LIMA LEITE
Externo à Instituição - JOSEMBERG MOURA DE ANDRADE
Externo à Instituição - MARCUS EUGÊNIO OLIVEIRA LIMA